Notícias

Caoa não desistiu do BVA

Apesar de ter vindo a público na semana passada para anunciar que desistiu de comprar o banco BVA, nos bastidores, o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade prossegue nas negociações com os credores da instituição. Segundo o Valor apurou, as tentativas de resgatar o banco continuam, até porque há tempo hábil para isso. O prazo dado pelo Banco Central para o fim da intervenção é julho.

O representante de um grupo de investidores do BVA, que diz ter aceitado a proposta de deságio de 65% ao valor detido por credores, relatou que um dia após Oliveira Andrade anunciar sua desistência do negócio, houve uma reunião em que foi pedido aos credores que tivessem paciência, pois o negócio estaria próximo de se concretizar. “Ele nunca desistiu de verdade da compra. A questão é que uma meia dúzia de investidores estava dificultando o encerramento do negócio”, afirma.

Após o anúncio de desistência, parte dos credores que resistiam ao plano do empresário decidiu aderir, diz uma fonte. “Todo mundo se assustou quando saiu a notícia de que ele tinha desistido”, diz o representante de investidores. “Se o negócio não for fechado, será uma grande decepção.”

Com R$ 53 milhões investidos em papéis do BVA, a Prefeitura de Indaiatuba (SP) é um dos credores que estão dificultando o desfecho dessa novela. O secretário de governo, Odair Gonçalves, afirma que as negociações continuam e atesta que foram trocados telefonemas e mensagens eletrônicas sobre o assunto nesta semana.

Gonçalves alega que não pode aceitar a proposta de deságio de 65% porque isso “caracterizaria improbidade administrativa”. “Só podemos aceitar o recebimento do valor integral”, diz. Desde a semana passada, a adesão de novos credores à proposta do dono do grupo Caoa tem aumentado, mas a passos considerados lentos.

Oliveira Andrade é um dos principais credores do BVA, com cerca de R$ 500 milhões aplicados na instituição, sob intervenção desde outubro de 2012. Por isso, o empresário pretende se tornar o novo controlador do BVA, a partir de um plano de resgate do banco. Ele propõe a investidores um deságio de 65% ao valor detido pelos credores somado a uma participação sobre créditos do banco que forem recuperados. Entre os investidores, há sindicatos e fundos de previdência de funcionários públicos.

© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A.

Leia mais em: http://www.valor.com.br/financas/3135222/caoa-nao-desistiu-do-bva#ixzz2U7QKIbak

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.