Entre auditores internos, 13% sentem pressão para mudar resultados

Mais auditores internos brasileiros relatam que sofrem pressão da empresa para alterar resultados, em boa parte dos casos dos próprios diretores financeiros. As informações são de um levantamento do Instituto Global dos Auditores Internos (IIA) com 1.700 profissionais de todo o mundo.

Segundo a pesquisa, 13% dos chefes de auditoria interna brasileiros dizem que sofreram algum tipo de influência para alterar os resultados da empresa – na América do Norte menos da metade disso, ou 5%, reportaram o mesmo. No caso de 21,5% dos profissionais do Brasil, essas pressões vieram do diretor financeiro da companhia (o mesmo aconteceu com 7% dos norte-americanos).

Em 16% dos casos, no Brasil, a objetividade do trabalho chegou a ser prejudicada por causa da influência negativa de superiores. A solução, para a maior parte, é passar a se reportar a níveis mais altos. Para 43% dos auditores internos entrevistados, a independência melhorou quando eles passaram a reportar os resultados diretamente a um nível hierárquico mais alto dentro da companhia.

O Brasil também apresenta dados mais significativos quando o assunto é o mercado de trabalho para auditores internos. Mais de um terço das empresas relatam aumento de contratações na equipe e 45% reportam que receberam mais recursos. Globalmente, foram 21% e 33%, respectivamente. No geral, os executivos que participaram da pesquisa consideram 2013 o ano com maior aumento de oportunidades desde a crise de 2008.