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Nova poupança bate fundos e CDB caros

O governo criou as condições para reduzir a rentabilidade da poupança nos próximos meses, mas a caderneta vai continuar batendo a maioria das aplicações atreladas a juros se os grandes bancos não reduzirem o que cobram para gerir fundos de investimento (as taxas de administração), dizem especialistas.

Fundos do tipo DI com taxas de administração acima de 1%, CDBs que dão menos do que 90% do CDI e mesmo o Tesouro Direto aplicado em título pós-fixado (as LFTs) com custo acima de 0,5% vão perder para a poupança em caso de resgate antes de seis meses, após descontado o Imposto de Renda de 22,5%.

E isso com a taxa Selic (juros da dívida do governo) atual de 9%. Com os juros em 8,5% -previsão do mercado para o dia 30, quando o BC define a nova taxa e vigora a nova regra da poupança-, as aplicações deverão ter custos menores para render mais do que a poupança.

Para ganhar da caderneta, o investidor terá de ficar atento a dois fatores: Imposto de Renda -as alíquotas vão de 22,5% (resgate antes de seis meses) a 15% (após dois anos) do ganho- e custo do investimento -a taxa de administração, que as instituições cobram para cuidar do dinheiro do cliente e que incide sobre o total aplicado (não sobre o ganho, como no IR).

O problema é que pouquíssimos bancos oferecem ao cliente médio opções de aplicação com custo competitivo. Entre os grandes bancos, as taxas dos fundos ficam em menos de 1% só a partir de aplicações de R$ 50 mil.

CDBs com 90% do CDI (ontem, de 8,76% ao ano) só valem a partir de R$ 50 mil.

EMPATE

Segundo o economista Luiz Calado, especialista em fundos, com a Selic em 8,5%, só os DI com taxa de administração de 0,6% empatarão com a nova poupança; acima disso todos perderão. No caso de resgate após dois anos, a linha de corte sobe para uma taxa de 1,25%.

“Poucas aplicações em renda fixa vão ganhar da poupança em todos os cenários. Fará toda a diferença ficar atento ao IR.”

“A nova poupança vai ter um ganho menor, mas vai continuar competitiva. Para não perder cliente, os bancos vão precisar reduzir as taxas de administração”, disse Miguel Oliveira, vice-presidente da Anefac (associação dos executivos de finanças).

Os DI têm R$ 266 bilhões aplicados. Do total, R$ 95,2 bilhões (36%) estão em fundos com taxas a partir de 0,6%, que empatarão ou perderão para a poupança, e R$ 28,5 bilhões (11%), em fundos com taxas a partir de 1,25%, que empatarão ou perderão em todos os prazos de resgate.

“Há uma inércia muito grande dos clientes, que não prestam atenção nas taxas de administração. Mas, com a queda no rendimento, vai ficar muito aparente que o ganho está pequeno”, diz André Oda, especialista em fundos.

Fonte: TONI SCIARRETTA, Folha de S.Paulo

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.