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Porto Forte cuidava de dinheiro de formandos

formaturaA festa de formatura de pelo menos mil alunos que recebem o diploma neste ano está sob a responsabilidade da Porto Forte, factoring que está envolvida em um suposto esquema de pirâmide financeira. Além de empréstimos para pequenas e médias empresas, a Porto Forte faz a gestão de caixa de festas de formatura, recebendo o dinheiro dos formandos e pagando as contas da organização dos eventos.

Valor apurou que a factoring tem em seu caixa cerca de R$ 5 milhões de mensalidades pagas por formandos, um volume suficiente para a realização de cinco festas para 250 alunos.

Desde 2005, uma das parceiras da Porto Forte é a B2 Formaturas, que realiza de 20 a 30 festas por ano para escolas como Universidade de São Paulo, Mackenzie, PUC e Fundação Getúlio Vargas.

“Estamos acompanhando de perto as notícias e, por enquanto, os pagamentos estão sendo feitos normalmente”, diz Felipe Ribeiro, sócio da B2. “Mas já negociamos com a Porto Forte uma carta-fiança de um grande banco para dar mais segurança aos alunos.”

Desde o início da semana, segundo Ribeiro, alguns pais e alunos têm procurado a B2 para saber o que acontecerá com o dinheiro dos formandos diante das notícias de problemas financeiros na factoring. “Tenho respondido que está tudo normal. Nesta semana, grandes pagamentos já foram feitos pela Porto Forte.”

Na última sexta-feira, a factoring se tornou o centro de um suposto esquema de pirâmide financeira que está causando prejuízo a cerca de 450 executivos principalmente de bancos de investimento.

Fundada por Guilherme Affonso Ferreira de Camargo em 2002, a Porto Forte captava recursos de investidores com a venda de ações que prometiam um retorno fixo. Na semana passada, porém, diretores da Porto Forte informaram aos acionistas ter encontrado indícios de má gestão e uso irregular do caixa da empresa, o que levou à suspensão dos resgates das ações.

Em nota enviada ontem ao Valor, Guilherme afirma que “não houve qualquer desvio de recursos para beneficiar qualquer membro da Porto Forte”. Acusado pela diretoria de ter vendido ações por valor acima do patrimonial para comprar um apartamento, ele diz ter usado a venda de suas ações para dar uma entrada no imóvel. “O valor dessa venda teve por base o preço estabelecido em assembleia geral de acionistas.”

Fonte: Carolina Mandl, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.

One thought on “Porto Forte cuidava de dinheiro de formandos

  • Paulo Leiva

    Hoje em dia é muito fácil um sujeito montar uma empresa de eventos que comercializa sonhos, ter uma sede imponente, moços e moças bonitos, bem formados, nas melhores escolas do país, invariavelmente poliglotas que saem captando recursos de formandos, estes claro, crêem em tudo que vê ou ouvem pois são de classes e linguagens correlatas quando acordam pra realidade deparam com estes fatos, que o porto não é forte.

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