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‘Minority Report’ vira realidade com software brasileiro

Em uma cena do filme de ficção científica “Minority Report”, de 2002, o detetive John Anderton, interpretado por Tom Cruise, coloca luvas especiais e interage com o computador por meio de gestos. O enredo se passa no ano de 2054, mas a tecnologia já está disponível no Brasil – e sem a necessidade de luvas. A ICE Interactive lança no início de outubro um software que transforma qualquer superfície plana em uma tela sensível ao toque.

O programa é composto de sequências de instruções (algoritmos) que possibilitam identificar em uma imagem de vídeo os movimentos de uma pessoa e convertê-los em comandos de computador. O equipamento necessário para uso do software é uma webcam, que não precisa ser sofisticada, um projetor e uma superfície de vidro ou acrílico.

Na prática, o sistema funciona como o Kinect, sensor da Microsoft usado para jogar o videogame Xbox 360. No caso, o jogador substitui o joystick por movimentos do corpo.

Rafael Amaro, sócio-fundador da ICE Interactive, observa que a diferença em relação ao Kinect e à tecnologia “touchscreen”, encontrada nas telas de tablets e smartphones, é que o software dispensa o uso de sensores. A tecnologia também difere das lousas digitais, em que os comandos de mudança da tela são feitos com o uso de uma caneta ou outro dispositivo com sistema de luz infra-vermelha.

“O custo da tecnologia é inferior ao dos softwares que exigem uso de sensores ou câmeras mais sofisticadas”, afirma Amaro. O software será apresentado oficialmente durante a exposição digital “Cartaz em Cartaz, de Fernando Pimenta”, realizada no Rio de Janeiro entre 11 de outubro e 6 de novembro. O programa será mostrado ao público no sistema operacional Windows, da Microsoft, mas pode ser carregado nas demais plataformas, afirma Amaro.

Com a tecnologia, a empresa pretende competir no segmento de telas interativas, tendo como público-alvo museus, escolas, bibliotecas, bares e outras companhias. O software foi desenvolvido desde 2009 por Amaro e outros dois sócios. O executivo não tem estimativa de receita para o primeiro ano de vendas.

Para se ter uma base de comparação, pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) lançaram, no ano passado, um sistema de reconhecimento de gestos, ainda não comercial, com preço estimado em US$ 350.

A ICE Interactive é uma empresa residente na Incubadora de Empresas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É a primeira empresa a colocar no mercado doméstico uma tecnologia capaz de identificar movimentos capturados por câmera e transformá-los em comandos no computador.

A Itautec, controlada pela Itaúsa, também desenvolveu uma tecnologia semelhante para terminais de autoatendimento (ATMs), mas que só devem começar a ser fabricados em 2012. A Itautec lançou, em junho, um terminal que permite ao correntista efetuar as transações no equipamento sem contato físico. O software adotado no equipamento também dispensa o uso de sensores.

Além do software que efetua os comandos com base na “interpretação” de imagens capturadas pela câmera, o ATM também transmite as telas de operação do banco em três dimensões (3D), mas sem a necessidade de óculos especiais para ver melhor as imagens. “É como interagir com um holograma”, compara o diretor de automação bancária da Itautec, Mauricio Guizelli.

O protótipo foi desenvolvido na unidade da empresa situada em Jundiaí (SP). Atualmente, a Itautec realiza testes com grandes bancos para ver se o equipamento é capaz de realizar o mesmo número de operações que um ATM convencional, com a mesma rapidez e sem dar defeitos. “A expectativa é que o equipamento seja produzido em larga escala no segundo semestre do próximo ano”, diz Guizelli.

A Eyesight, companhia sediada em Israel, lançou recentemente um celular que também dispõe de câmeras que podem ser acionadas para que o usuário opere o aparelho sem tocar a tela.

Fonte: Cibelle Bouças, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.