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Operação Lava Jato: o que significam os nomes das operações da PF

Funcionário da Polícia Federal, o “Japonês”, virou personagem nas redes sociais e é visto em quase todas as operações da Lava Jato

Não se sabe se o hoje popular “japonês bonzinho” da Polícia Federal (PF) é o mentor, ou algum de seus colegas, mas não se pode negar que a criatividade para dar nome às operações das operações “Lava Jato” é enorme. A última deflagrada na terça-feira, 15,  chama-se Catilinárias.

O portal da DINHEIRO rememorou os nomes das ações de algumas operações, em ordem decrescente, seu contexto, e o que significam. Confira:

1  – “Catilinárias”, deflagrada em 15/12/2015, fez uma busca e apreensão de documentos nas residências do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O nome é referência a uma série de quatro discursos célebres de Marco Túlio Cícero, o cônsul romano. Em Roma, 63 a.c., Cícero em seu discurso diz o seguinte:

– Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio?.

A acusação dirigia-se ao senador Lúcio Sérgio Catilina, acusado de planejar um golpe para derrubar a República romana junto com seus pares e tomar o poder. Cícero acusou-o por meio de uma série de discursos, que ficaram conhecidos como “Catilinárias”. A referência a Cunha, no caso brasileiro, é óbvia.

2 – “Nessum dorma” (operação realizada em 21/09/2015), é uma famosa ária do último ato da ópera Turandot, criada em 1926 por Giacomo Puccini.

A ária refere-se à proclamação da princesa Turandot, determinando que ninguém deve dormir (“que ninguém durma”).

Nesta fase foi preso preventivamente um dos donos da Engevix, José Antunes Sobrinho, já investigado por suspeita de corrupção na estatal Eletronunclear.

3  – “Pixuleco 2” (13/08/2015), operação na qual a PF cumpriu mandados em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. O nome faz referência ao termo usado pelo ex-tesoureiro João Vaccari Neto,  para falar sobre o dinheiro cobrado de empreiteiras do cartel que atuava na Petrobras.

4 – “Pixuleco” (03/08/2015).  Foram presos na operação o ex-ministro José Dirceu e seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva

5 – “Radioatividade” (28/07/2015), batizada desta forma em função da prisão do presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, por suspeita de recebimento de R$ 4,5 milhões em propina.

6 – “Conexão Mônaco” (02/07/2015), nomeada em referência às operações financeiras do ex-diretor da Petrobras, Jorge Zelada, no principado de Mônaco.

7 – “Erga omnes” (19/06/2015), expressão latina que significa “vale para todos”. Na ação, a PF prende os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo.

8 – “A Origem” (10/04/2015), nome autoexplicativo que batiza a ação na qual a PF prende os ex-deputados federais André Vargas (ex-PT-PR e hoje sem partido), Luiz Argôlo (ex-PP e hoje Solidariedade-BA), e mais quatro pessoas ligadas aos políticos.

9 – “Que país é esse?”(16/03/2015), quando a PF volta a prender preventivamente o  ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, que, segundo a polícia, estava movimentando dinheiro em contas no exterior.

O nome refere-se  a uma frase dita por Duque ao ser preso pela primeira vez,  e é uma alusão à música da banda Legião Urbana.

10 – “My Way” (05/02/2015). A operação foi batizada em referência a um apelido dado ao ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque. O trabalho teve o objetivo de cumprir 62 mandados judiciais, em quatro Estados e resultou em quatro prisões.

“My Way” é também uma canção importante do repertório do cantor Frank Sinatra.

11 – “Juízo Final” (14/11/2014), quando foram presos o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, e executivos da cúpula de empreiteiras do país suspeitas de pagar propina para fechar contratos com a estatal.

Juízo Final, Julgamento Final, o Dia do Juízo Final, é o julgamento final e eterno feito por Deus sobre todas as nações.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.