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Inadimplência ainda é alta, mas vai continuar caindo, avalia BC

Embora tenha apresentado queda em março, o nível de inadimplência no país ainda é alto. A expectativa do Banco Central (BC) é de que o arrefecimento dos calotes nos empréstimos siga como tendência ao longo do ano. A avaliação é do chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel.

Vão contribuir para esse movimento, segundo Maciel, o ciclo de afrouxamento monetário, iniciado em agosto do ano passado; a reversão de parte das medidas macroprudenciais; e a melhoria da capacidade de pagamento dos clientes, com aumento de salário e desemprego em baixa.

Para Maciel, o resultado de “março mostra que estamos dentro daquele cenário que vínhamos anunciando. A tendência é de acomodação e reversão no médio prazo”.

No mês passado, o percentual de atrasos com mais de 90 dias nas operações de crédito referenciais caiu 0,1 ponto percentual, para 5,7%. Nos empréstimos direcionados a empresas, a inadimplência permaneceu em 4,1%. Nas operações para pessoas físicas, a taxa de atraso teve a primeira queda desde dezembro de 2010, variação de 0,2 ponto percentual, para 7,4%.

O recuo nos calotes nas operações para famílias foi puxado pelo crédito pessoal e de aquisição de bens, com queda de 0,3 ponto e 0,6 ponto percentual, para 5,3% e 13%, respectivamente.

O calote no financiamento de veículos, por outro lado, bateu recorde em março, atingindo 5,7% das operações, contra 5,5% em fevereiro. Essas marcas fazem com que os bancos continuem mais cautelosos na hora de conceder crédito para a compra de veículos, o que contribuirá para melhorar o perfil dos tomadores, avalia Maciel.

A queda da inadimplência contribui para redução nos juros e spreads. O BC disponibilizou dados prévios que apontam novas reduções nas taxas médias praticadas nas operações referenciais, que incluem quase todo o crédito livre. No entanto, Maciel ressaltou que esses números prévios, assim como os dados de março, ainda não contemplam os cortes de taxas anunciados pelos bancos no início deste mês.

Taxa de juros

No geral, a taxa média de juros cobrada nos oito primeiros dias deste mês caiu 0,6 ponto percentual na comparação com a média de março, para 36,7% ao ano. O custo para as empresas saiu de 44,4% em março para 44% nos primeiros dias de abril. Para as famílias, a taxa caiu para 27,6%, 0,6 ponto percentual menor que a média de março.

Os spreads também tiveram redução, de acordo com o BC, de 28 pontos percentuais apurados em março para 27,5 pontos percentuais nos oito primeiros dias deste mês. O recuo foi puxado pelas operações direcionadas às famílias, nas quais a diferença entre a taxa de captação e a aplicada aos clientes caiu de 35,1 pontos percentuais em março para 34,6 pontos percentuais nos primeiros dias de abril. As empresas, por sua vez, contrataram crédito, nesses oito dias úteis, com spread de 18,2 pontos percentuais, contra 18,4 pontos percentuais de março.

Fonte: Murilo Rodrigues Alves | Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.