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Febraban: Reestruturação busca fortalecer entidade

Cerca de dez meses depois do início de uma reviravolta na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a entidade começa a mostrar os novos contornos que deve ganhar até o fim deste ano. Ao fim desse processo, a Febraban quer se transformar em uma entidade com um corpo técnico mais ágil e robusto, capaz de atender às demandas do setor.

Em fevereiro de 2012, os principais banqueiros do país fizeram um retiro de dois dias, no hotel Hyatt, em São Paulo, para definir os próximos passos da Febraban, que fazia pouco tempo tinha passado para o comando de seu primeiro gestor profissional, Murilo Portugal. Agora, aos poucos, o projeto, liderado pela Ernst & Young, é implementado.

Novos profissionais estão chegando à casa dos bancos. Leandro Vilain, egresso do HSBC, comanda a diretoria política de operações e negócios.

Outros, como Rubens Sardenberg, foram promovidos. Economista da Febraban desde 2008, Sardenberg – que tem ganhado elogios dos banqueiros – fica com a outra diretoria política, de regulação prudencial, gestão de riscos e economia.

Ambas as diretorias políticas têm como objetivo monitorar o desempenho das 45 comissões temáticas que a Febraban tem, como o objetivo de fortalecer a ação delas.

Sete dessas comissões, que lideram debates como operações de tesouraria, segurança bancária, imagem, comunicação e gestão de risco, já passaram a atuar sob um novo modelo.

O número de participantes de cada uma delas foi limitado a 15 representantes de bancos, sendo que precisam ser executivos seniores das instituições.

Só dois nomes são permitidos por banco. Se um faltar, só o outro indicado pode comparecer. Com isso, a Febraban pretende reforçar o nível das discussões.

Com um corpo técnico bastante limitado entre seus cem funcionários próprios, a Febraban depende largamente do trabalho de “voluntários”. São funcionários dos bancos associados, que somam uma multidão de cerca de 2.500 pessoas.

Para os assalariados da Febraban também há mudanças. Depois de um levantamento feito com 22 empresas do setor financeiro, a entidade chegou à conclusão de que estava com salários abaixo da média.

A correção de rota foi feita, mas a Febraban também cobrará mais dos seus empregados. Só ganhará bônus quem entregar resultados, que passarão a ser meticulosamente mensurados.

Para este ano, a entidade dos bancos contará com um orçamento de R$ 80 milhões. A maior parte disso, R$ 62 milhões, virá do bolso dos próprios bancos.

O restante será gerado pelas próprias receitas de prestação de serviços da entidade, vindas, por exemplo, da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) e dos cursos dados pela entidade.

Dentro do projeto de reestruturação da Febraban, a ideia é que cada vez mais as receitas próprias da entidade contribuam mais para arcar com suas despesas, reduzindo a necessidade de desembolso dos bancos.

Essa reviravolta administrativa na Febraban tem rendido pontos a Portugal entre os banqueiros. Isso terá um peso considerável na definição do prolongamento do contrato de Portugal.

“Difícil trocar o comando da Febraban em meio a um projeto desse. Se entrar outro executivo, ele vai querer rediscutir tudo novamente”, diz o vice-presidente de um banco privado. (CM)

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.