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Distribuidora liquidada pelo BC teve crescimento expressivo no câmbio

A distribuidora Distri-Cash, liquidada na semana passada pelo Banco Central (BC), apresentou crescimento bastante expressivo no mercado de câmbio entre os anos de 2011 e 2013. Pelos rankings do BC, a empresa saiu de um giro de US$ 3 milhões no fim do primeiro semestre de 2011 para US$ 272 milhões no primeiro semestre de 2013, uma expansão de cerca de 90 vezes. Em 2014, os negócios desaceleram, observando-se a janela de janeiro a maio, último dado disponível, com o giro somando US$ 90,7 milhões.

Essa é mais uma semelhança que a empresa guarda com a Corval, corretora de Belo Horizonte, liquidada pelo BC no começo de setembro, que também viu o volume de negócios com câmbio explodir entre 2011 e 2013. O crescimento da Corval foi de 6.000% nesse intervalo. O outro ponto em comum entre as duas empresas é que ambas estão arroladas nos processos da operação Lava-Jato da Polícia Federal.

O ranking feito pelo BC considera operações de comércio exterior, remessas, recebimentos e operações no interbancário. No caso da Distri-Cash, as transferências para o exterior representavam quase 50% do giro.

A disparada começou na segunda metade de 2011. A corretora saiu de US$ 3 milhões na primeira metade do ano para US$ 24,3 milhões no segundo semestre. Houve novo salto em 2012, ao encerrar o primeiro semestre com US$ 73,75 milhões; no segundo semestre o valor subiu a US$ 128,27 milhões. Ao fim da primeira metade de 2013, a soma movimentada era de US$ 272,23 milhões, ápice da amostra. No segundo semestre de 2013, o giro recuou um pouco, mas ainda somava US$ 244,65 milhões. Nesse período, a corretora saiu da 127ª posição do ranking para a 82ª.

Em 2014, em maio, o giro foi de apenas US$ 2,9 milhões, somando US$ 90,7 milhões nos cinco primeiros meses. O BC liquidou a Distri-Cash ao constatar insolvência patrimonial e incapacidade dos sócios para regularizar a situação da distribuidora – quadro não relacionado com a presença da distribuidora nos autos da Lava-Jato.

O Ministério Público Federal (MPF) apontou 900 operações de câmbio fraudulentas feitas pela Distri-Cash, com identidades de terceiros, entre janeiro de 2013 e março de 2014. Uma forma de se enviar dinheiro pra fora do país de forma “legal” é fracionar uma grande operação em diversas remessas de pequeno valor. As operações de pequeno valor obedecem regras simplificadas, precisando apenas de CPF e RG.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.