Notícias

Banco Rural forjou empréstimos no escândalo do mensalão

MensalãoFamoso devido ao escândalo do mensalão, o Banco Rural foi a instituição financeira que operacionalizou os empréstimos fraudulentos que garantiram o pagamento da base aliada no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a acusação do Ministério Público, a instituição forjou empréstimos na ordem de R$ 32 milhões, que, devido às sucessivas renovações, alcançaram o montante de 58,9 milhões.

O dinheiro dos supostos empréstimos tinha como destino as agências de publicidade de Marcos Valério, mas, na prática, era distribuído a políticos da base aliada do governo.

Parte dos recursos era sacado na boca do caixa de uma agência de Brasília pelos próprios políticos e assessores.

Durante o julgamento do mensalão, o Supremo entendeu que o Rural não emprestava, mas dava o dinheiro ao PT para obter facilidades no governo. Um dos interesses era a liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco. O Rural esperava que, abastecendo os cofres do mensalão, teria o caminho aberto para as negociações.

Devido à participação do banco no episódio, o STF condenou os principais dirigentes da instituição financeira. Kátia Rabello, ex-presidente e dona do banco, foi condenada e 16 anos e oito meses de prisão por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha.

Pelos mesmos crimes o ex-diretor José Roberto Salgado foi condenado, tendo lhe sido imposta a mesma pena. Outro ex-dirigente da instituição Vinícius Samarene foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.

Da cúpula do banco só se salvou a ex-presidente Ayanna Tenório, que apesar de ser responsável pela fiscalização do banco, foi absolvida no julgamento.

Para o STF, a direção da instituição financeira usou mecanismos ilícitos para a concessão dos empréstimos e não informou aos órgãos de controle os riscos das operações.

Dos R$ 32 milhões emprestados de forma fraudulenta pelo Rural ao valerioduto entre 2003 e 2004, R$ 19 milhões tinham como destino a SMPB, R$ 10 milhões a Grafitti e R$ 3 milhões foram repassados diretamente ao PT num empréstimo que tinha como avalistas José Genoino, Delúbio Soares e Valério.

O dinheiro era liberado contrariando até mesmo recomendações técnicas do próprio Banco Rural, que, ao renovar os empréstimos, não exigia garantias mínimas.

Todos os condenados do Rural apresentaram recursos ao STF – os chamados embargos de declaração – que serão julgados a partir do dia 14.

Leia mais em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/08/1321047-banco-rural-forjou-emprestimos-no-escandalo-do-mensalao.shtml

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.