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Cresce apreensão de dinheiro falso

 

Exatamente R$ 2.060,00 em notas falsas já foram apreendidos em Bauru de janeiro a junho deste ano. O valor levantado pela Polícia Federal (PF) pode parecer pouco se comparado aos altos valores apreendidos em grandes operações e aos mais de R$ 20 milhões por ano em déficit registrados e divulgados pelo próprio Banco Central do Brasil. Mas o valor também revela uma nova ação criminosa que cresce em ritmo acelerado, inclusive na cidade.

O montante divulgado é representado por 30 notas falsas, sendo a maioria delas (15) de R$ 50,00 e outras 13 de R$ 100,00. O prejuízo, por sua vez, corresponde a quase o valor total apreendido em 2009, quando o desfalque foi de R$ 2.690,00, sendo 46 notas falsas (sem contar as cédulas de dólar e euro, uma de cada).

A explicação para o crescimento, segundo a própria PF, não tem uma única justificativa e pode ser compreendida por diversos fatores.

“Esses são valores estatísticos, mas não podemos tomar uma posição determinada sobre eles. É difícil fazer uma projeção, essa variação pode ocorrer por vários fatores. O que não podemos é especular. Esse aumento considerável pode ter ocorrido, por exemplo, se houve um contrabando de outro país, como Paraguai, e alguém ‘despejou’ o dinheiro falso aqui na cidade. Mas é difícil falar, isso é uma das possibilidades”, explica o delegado da PF Pedro Luiz Novaes.

Ele conta que as ocorrências mais atendidas são de comerciantes que, ao fechar o caixa no final do expediente, notam que tem em posse notas falsificadas. “Muitas vezes, quando a nota falsa é bem parecida com a verdadeira, essa cédula já rodou muito, o que dificulta ainda mais o trabalho de investigação”, diz o delegado, que ainda lembra ser crime tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua ilegitimidade. “Se a intenção de repassar essa nota for confirmada, a pessoa pode ser condenada a pena de 6 meses a 2 anos de detenção”. Já o ato da falsificação é crime previsto pelo artigo 289 do Código Penal, com pena de 3 a 12 anos de prisão.

Conscientização

Para tentar diminuir o fluxo de notas falsas em circulação, a PF e o Banco Central contam com o apoio do próprio cidadão. Segundo Novaes, a conscientização da comunidade ajuda a criar uma cultura de percepção no cidadão. “São mínimos os casos em que o falsário é pego com a mão no dinheiro. Quando o indivíduo é encontrado com uma grande quantidade, ele é detido e investigado pela falsificação. Mas isso são exceções, posso dizer que 99,9% dos casos chegam completamente amarrados. Por isso pedimos para que as pessoas tenham conhecimento dessa nova ação dos criminosos, pois assim os bandidos não terão onde despejar essas notas. É como o caso das drogas, se não tiver quem consumir, os traficantes não terão para quem vender”.

Conhecer bem as notas que circulam no Brasil pode evitar ‘gato por lebre’

A cada dia que passa, as cédulas falsas estão mais parecidas com as originais. Segundo o Banco Central, as notas de R$ 50,00 são as mais falsificadas, representando 59% das falsificações. “Apesar de algumas delas excederem o bom senso, sendo bem menores ou com papel bem mais grosso, o comum é que as notas falsas tenham pequenos detalhes diferentes das comuns”, afirma o delegado da PF Pedro Novaes.

Uma das alternativas dos comerciantes, principais alvos das falsificações, é o uso da caneta “moneytest”, que em inglês significa “teste de dinheiro”. Um risco na nota basta para que seja “avaliada”. Se o risco ficar claro e fluorescente (semelhante a uma marca-texto), a nota é verdadeira. Mas se o risco ficar escuro, a nota, provavelmente, é falsa.

Essas canetas, criadas nos Estados Unidos e importadas pelas fábricas brasileiras, são geralmente compradas via Internet por preços que variam entre R$ 20,00 e R$ 50,00. Apesar do fácil acesso, a tecnologia ainda não é vista como medida principal para evitar ser passado para trás.

Sempre aconselhamos notar os sinais particulares das notas. O que vale mesmo é perceber no tato, ver marca d’água, o papel e a coloração. Essas são as recomendações do próprio Banco Central”, explica Novaes.

A quem receber uma nota falsa, a recomendação é que esta seja entregue à PF ou à Polícia Militar, que posteriormente deve encaminhá-la para as investigações. “Se alguém for vítima disso, não precisa temer. Isso acontece e nós estamos aqui para investigar os casos. Infelizmente, esse dinheiro será perdido. Após recebermos a nota, a encaminharemos para a perícia. Se constatada a falsificação, será aberto inquérito”, conclui.

Fonte: Neto del Hoyo, Jornal da Cidade de Bauru

 

 

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.