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BM&F começa a apurar nova taxa de câmbio

A  começa a divulgar a partir de segunda-feira, dia 19, sua própria taxa de câmbio de referência (TCR). A nova cotação para a moeda americana, uma demanda dos bancos, será apurada na plataforma eletrônica da própria bolsa, em seis horários diferentes, com duas médias diárias às 13 horas e às 16 horas – considerada a taxa de fechamento.

A cotação (ou “fixing”, como é conhecido esse tipo de medida nos mercados mundiais) servirá, num primeiro momento, apenas como uma referência para o mercado, já que os bancos e os fundos de investimentos viram alguns problemas na nova Ptax do Banco Central (BC) – que desde o segundo semestre tem nova fórmula de cálculo. A BM&FBovespa não descarta, no entanto, que a TCR possa servir, no futuro, como referência até mesmo para os contratos de derivativos cambiais da bolsa.

“A taxa não é um substituto à Ptax. É uma alternativa”, diz Sérgio Goldenstein, diretor de renda fixa, câmbio e derivativos da bolsa. “Vamos acompanhar se a taxa é bem formada, se precisa de ajustes e, lá na frente, caso ganhe a confiança dos agentes e haja uma demanda do mercado ela poderia ser usada como referência”, completa.

Goldenstein pondera que esse não será um processo imediato e só ocorrerá se houver uma demanda dos bancos. “Seria uma mudança cuidadosa, não imposta”, afirma. Mas ele lembra que o Banco Central nunca se opôs a uma taxa de referência para os contratos cambiais que venha do mercado.

A expectativa da bolsa é que os primeiros a usarem a taxa sejam os fundos de investimento, para a marcação a mercado de suas aplicações – caso a CVM autorize. Como a nova Ptax do Banco Central é apurada pela manhã, com fechamento às 13 h, muitos gestores argumentam que variações do dólar no período da tarde trazem distorções para as marcações a mercado.

Outra preocupação dos bancos é que a Ptax não é totalmente “replicável”, ou seja, como não é conhecido o horário exato em que o BC faz apuração, as instituições não conseguem fechar contratos com taxas próximas ao índice oficial. O ideal, na visão do mercado, é que seja conhecido o momento exato do cálculo para que os negócios feitos entre bancos e clientes possam ter uma taxa de câmbio a mais próxima possível da taxa de referência.

Até por isso a bolsa definiu que a TCR será calculada como uma média ponderada de todos os negócios efetuados no intervalo de um minuto, com início 30 segundos antes de cada um dos seis horários ao longo do dia: 10h, 11h, 12h, 13h, 15h e 16h. Às 13h e às 16h também serão divulgadas médias simples das medidas anteriores.

O uso da TCR pelo mercado depende de como a nova cotação será aceita pelos agentes. Mas o objetivo principal do índice, diz Goldenstein, é ampliar a liquidez e a transparência do mercado de câmbio à vista.

Com isso, ele espera uma migração das operações de câmbio à vista para a plataforma eletrônica, que hoje responde por cerca de 10% do volume total do mercado cambial brasileiro – o giro diário de câmbio está na casa dos US$ 2 bilhões, mas apenas US$ 150 milhões passam pela bolsa. O mercado futuro, mais líquido e onde o preço é de fato formado no Brasil, gira entre US$ 15 bilhões e 20 bilhões por dia.

Fonte: Fernando Travaglini, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.