Ameaças na internet somam 75 milhões em 2011, diz McAfee
O número de programas mal-intencionados desenvolvidos para a internet superou a marca de 75 milhões de amostras únicas em 2011, informa relatório divulgado hoje pela McAfee, companhia americana do segmento de segurança da informação.
Segundo o estudo, embora o número de novas ameaças gerais tenha registrado uma desaceleração no quarto trimestre, o volume de ameaças desenvolvidas para dispositivos móveis cresceu e atingiu seu recorde no período e em todo o ano de 2011, com destaque para os ataques focados no Android, sistema operacional móvel do Google.
“O cenário de ameaças continuou a evoluir em 2011 e vimos uma mudança significativa na motivação dos ataques cibernéticos”, diz Vincent Weafer, vice-presidente sênior do McAfee Labs. “Em termos globais, estamos realizando mais transações pessoais e de negócios por meio de dispositivos móveis, e isso está criando novos riscos de segurança e desafios na forma como protegemos nossos dados pessoais e comerciais”, acrescentou.
Em outra frente, a média diária de páginas infectadas no trimestre foi de 9,3 mil sites, contra o índice de 6,5 mil do trimestre anterior. Com o número, o total de páginas que carregam links maliciosos ativos superou a marca de 700 mil no ano, sendo que a maioria delas está baseada em países como Estados Unidos, Holanda, Canadá, Coréia do Sul e Alemanha.
Na categoria de spams – as chamadas mensagens indesejadas -, a McAfee detectou os menores índices globais dos últimos anos, especialmente em áreas como Brasil, Reino Unido, Argentina e Coréia do Sul. Apesar disso, a companhia identificou que essa modalidade vem crescendo em termos de sofisticação.
Em relação às botnets – redes formadas por computadores infectados que são controlados remotamente pelos cibercriminosos –, o estudo mostrou que o número de máquinas infectadas voltou a crescer nos dois últimos meses do ano, com destaque para países como Brasil, Colômbia, Índia, Espanha e Estados Unidos.
O número de denúncias de violações de dados, por sua vez, mais do que dobrou desde 2009, com mais de 40 incidentes divulgados publicamente entre outubro e dezembro.
Fonte: Moacir Drska | Valor Economico
