Exposição em derivativo vai requerer mais capital
Os bancos brasileiros estarão sujeitos a colocar mais capital nas operações de derivativos realizadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) a partir do ano que vem, quando o Banco Central implementar a nova medida anunciada ontem pelo Comitê da Basileia de Supervisão Bancária.
O comitê adotou uma exigência para a exposição das instituições financeiras às contrapartes centrais, que são as câmaras de compensação. Até agora, não há exigência de capital quando um banco faz operação de derivativo que é liquidada em uma contraparte central. Mas a partir de 2013, o comitê da Basileia recomenda que seja somado 2% das exposições dos bancos nos ativos ponderados pelos riscos, no caso de câmara de compensação supervisionada e com melhores práticas. Ou seja, o fator atribuído à exposição na BM&F passará de zero para 2%.
A cifra é maior em outro caso. É que os bancos têm também exposições nas câmaras na forma de constituição de fundos de “default” – depositados como garantia para fazer frente às operações no caso de eventuais problemas de liquidação.
Esses fundos especiais de depósitos para operações de crise vão ter fator de ponderação bem maior, que pode chegar a 1.250%, por meio de uma complexa fórmula matemática.
A expectativa em Basileia é que a nova regra seja um incentivo para compensações centrais, ainda mais diante do crescimento da exposição das instituições financeiras em derivativos.
© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. .
Leia mais em: