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Youssef reafirma em CPI que Planalto sabia do pagamento de propinas

O  afirmou nesta segunda ­feira, em depoimento aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em Curitiba, que o Palácio do Planalto interferia na interlocução do ex­ diretor da estatal Paulo Roberto Costa com outros participantes do esquema investigado pela Operação Lava­ Jato.

Youssef fez a declaração quando falava sobre o racha do Partido Progressista (PP). Segundo ele, Costa se negou, a princípio, a  negociar com a nova liderança do PP. “Em determinado momento, ocorreu o racha do partido e isso foi parar no Palácio. O Paulo disse pro Meurer [Nelson Meurer, então novo líder do PP] que quem falava quem seria o seu interlocutor era o Palácio”, afirmou. “Que eu me lembro, [o cenário] foi conversado com Ideli Salvati e Gilberto Carvalho”,  disse.

Em outro momento, Youssef afirmou que, para ele, o Planalto não coordenava, mas tinha conhecimento do esquema de pagamento de propinas. Em delação, ele já havia dito que pessoas como a então ministra Dilma Rousseff e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do repasse do  valores.

“Confirmo e digo que isso é no meu entendimento. Não digo que havia uma coordenação [do Planalto], mas acredito que eles tinham conhecimento, no meu entendimento, do que acontecia. Serviu aos interesses do partido, automaticamente, dos partidos da base aliada”,   afirmou.

Youssef diz que, no começo, Lula ficou contrariado com a indicação de Costa ao cargo de diretor. A nomeação foi um pedido do PP. “Eu sei que demorou um ano para que o Paulo Roberto Costa fosse nomeado. Ouvindo as conversas do deputado falecido José Janene [ex­líder do PP], acredito que ele [Lula] ficou contrariado sim”, afirmou, sem saber detalhar o motivo.

Os deputados têm feito vários questionamentos que já foram respondidos por Youssef em delação premiada e outros depoimentos em audiências na Justiça já tornados públicos anteriormente. Youssef responde a todas as perguntas.

Os deputados que integram a CPI da Petrobras ouvem hoje em Curitiba sete investigados pela Operação Lava­Jato que estão presos na capital paranaense. Além de Youssef, estão previstos os depoimentos de Mário   Góes (apontado como operador), Nestor Cerveró (ex­ diretor da área Internacional da Petrobras), Fernando Soares (apontado como operador), Guilherme Esteves (apontado como operador), Adir Assad (apontado como operador) e Iara Galdino (apontada como operadora).

Os depoimentos acontecem até quarta­ feira e incluem outros  nomes.

“Espero que essa pressa de ouvir muita gente no mesmo dia não atrapalhe as investigações, porque nós queremos saber a verdade. Queremos fazer todos os questionamentos para sair com o máximo de informação possível”, afirmou o deputado federal Ivan Valente (PSOL­ SP).

Segundo ele, a intenção é ouvir parlamentares no futuro. “Até agora, o Congresso não ouviu nenhum político. Esses depoimentos [em Curitiba]  são importantes para abrir também essa sequência de depoimentos”,   afirma.

Fonte: Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.