Artigos

Série fraudes II – Bancos

O intuito dessa série é falar sobre os casos mais comuns e conhecidos de fraudes. Entendendo que as demonstrações contábeis e as técnicas de análise aplicadas sobre elas são as melhores formas de se detectar erros ou fraudes, vamos pautar essa série em formas de se detectar e prevenir essa prática através da contabilidade. A distorção nos números contábeis elas podem ser causadas por erro ou fraude, o que diferencia uma da outra é justamente o fato da distorção ser intencional ou não. Vamos usar como estrutura padrão:

1) Explicação da área do balanço e área operacional do assunto;

2) Casos de fraudes conhecidas; e

3) Formas de prevenir e mitigar o risco de fraude.

As contas contábeis de banco ficam classificadas na área de Disponíveis de um Balanço Patrimonial (BP). Nelas são refletidas todas as movimentações ocorridas nos extratos bancários. Essas contas servem como norte para se contabilizar os eventos econômicos de um BP, já que temos uma informação de terceiro totalmente confiável. Existe um ditado muito usado entre os contadores: “O extrato não menti”.

Apesar do extrato bancário nunca mentir, essa conta não está livre de fraude. Os noticiários estão repletos de reportagens sobre esse assunto, muitos voltados para a fraude no uso do banco na internet. Vou expor duas práticas de fraude comuns para empresas: 1) Tarifas indevidas e 2) Cartão corporativo.

1) As tarifas bancárias são cobradas em contraprestação a um serviço extra, prevista em contrato. Os gerentes bancários normalmente têm metas muito agressivas nas vendas desses serviços e muita das vezes acabam cobrando tarifas por serviços não prestados. A única maneira de mitigar e prevenir esse tipo de fraude é a aplicação da ferramenta de conciliação bancária. O objetivo da conciliação é justamente identificar e corroborar todas as entradas e saídas ocorridas no extrato bancário.

2) Algumas empresas adotam os cartões de débito corporativo com o intuito de acelerar algumas pequenas compras. Essa prática tem um controle extremamente frágil o que aumenta e muito o risco de distorção. Além do uso com má fé do usuário do cartão pode ocorrer também a clonagem do cartão. A conciliação junto com a análise da prestação de contas dos gastos com cartão são medidas suficientes para detectar uma possível fraude nesse processo.

O risco de fraude sempre vai existir, as medidas cabíveis são para diminuir esse risco para quase zero. As fraudes mais complexas que envolvem mais de uma pessoa são mais difíceis de ser detectadas e naturalmente aumentam o risco de desvio.

Diante das informações acima, aconselho sempre manter um profissional de contabilidade acompanhando de perto a operação da empresa. O Contador é especialista em controles internos, divulgar informações financeiras e em avaliar riscos do negócio. Chame o seu contador externo para conversar e exponha a sua preocupação. Uma boa semana e te desejo bons negócios.

Por: Pedro Kaled, Contador com  experiência em contabilidade gerencial, gestão de escritório de contabilidade, controladoria em empresas familiares, fluxo de caixa, implementação de controles, processos e de sistema de gestão (ERP), revisão e apuração de tributos e encargos trabalhistas. Ministrou diversos cursos na área de controle e contabilidade.

Fonte: Contabeis.com.br

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.