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Risco de Crédito: Calotes diminuíram rentabilidade de bancos, mostra BC

Os bancos brasileiros registraram lucro líquido de R$ 55,8 bilhões no acumulado dos 12 meses terminados em junho, R$ 3,5 bilhões a menos do que o apurado ao longo de 2011. Como consequência, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido do sistema bancário caiu 2 pontos percentuais, para 14,4%.

Os números foram divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central (BC) no Relatório de Estabilidade Financeira. Essa queda da rentabilidade dos bancos também foi refletida no número de instituições financeiras com prejuízo, que passaram a representar, em junho deste ano, 4,3% dos ativos do sistema.

Segundo o BC, a queda na rentabilidade sobre o patrimônio teve como causa o aumento das despesas com provisões em ritmo superior ao crescimento da carteira de crédito. As despesas de provisão aumentaram R$ 11,4 bilhões na comparação entre os dois períodos, refletindo a piora da inadimplência. Do montante das provisões, R$ 9,8 bilhões estão concentrados em instituições privadas, que possuem maiores índices de inadimplência.

A receita com serviços cresceu R$ 4,3 bilhões. De acordo com os dados do BC, o aumento em rendas com cartão de crédito e tarifas bancárias representaram ao todo 84,5% dessas receitas. “Apesar dos esforços das instituições para aumentar a base de clientes, o avanço das receitas de serviços não acompanhou o ritmo de crescimento das despesas administrativas”, afirma o relatório.

O BC ressaltou que, apesar da queda do retorno sobre o patrimônio líquido e do aumento do número de instituições com prejuízos, a composição do lucro melhorou. Os resultados não operacionais caíram R$ 500 milhões e sua participação no lucro líquido recuou para 7,3%. “Assim, a rentabilidade do sistema bancário brasileiro permanece robusta, eminentemente proveniente de operações bancárias de natureza concorrente”, afirma o texto.

Neste semestre, a trajetória da rentabilidade vai depender de uma combinação de fatores, como evolução da inadimplência e diferença entre taxas de operações de crédito e de captação. O BC lembra que a diferença entre taxas de operação de crédito e de captação tende a declinar, como consequência da redução das taxas de concessão de operações de financiamento iniciada pelos bancos públicos no segundo trimestre deste ano e do aumento da concorrência, favorecido pela portabilidade de crédito.

(Murilo Rodrigues Alves | Valor)

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.