Correspondente Bancario quer mudança nas regras
As novas regras de portabilidade de crédito não agradaram os correspondentes bancários, que até abril eram os principais agentes de migração de crédito entre os bancos. Por meio de duas associações, a Aneps e a Ancorp, os correspondentes colhem assinaturas para enviar ao Senado e à Câmara uma petição pela paralisação e rediscussão das novas regras criadas pelo Banco Central (BC).
Desde que a “troca com troco” passou a ser proibida pelo BC, o correspondente ficou sem atrativos para convencer um cliente a migrar de banco. Ao transferir os empréstimos, os correspondentes – conhecidos entre os bancos como “pastinhas” – ganham uma comissão. Os correspondentes integram cerca de 30 mil pequenas e médias empresas no Brasil.
“Concordo que havia uma situação descontrolada com muita gente explorando os tomadores de crédito com compra e recompra em busca de comissões, só que isso se resolveria se os bancos não aceitassem essa prática”, diz o presidente da Anesp, Edison João Costa.
Segundo o presidente da Ancorp, Glemar Coelho, o volume de empréstimos feitos pelos correspondentes caiu muito desde as novas normas. “As operações devem ter caído cerca de 80%. Toda aquela estrutura de correspondente bancário que fazia R$ 10 bilhões de empréstimos passou a fazer R$ 2 bilhões.”
© 2000 – 2014. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A.
Leia mais em:
http://www.valor.com.br/financas/3602518/correspondente-quer-mudanca-nas-regras#ixzz36PI67V8J