Risco de crédito bancário aumenta nos Estados Unidos
O risco de crédito dos bancos dos EUA está começando a aumentar após melhorar significativamente no ano passado, alertou ontem a Controladoria Geral da Moeda (OCC, na sigla em inglês), um órgão regulador do sistema financeiro americano.
A OCC chamou atenção para o crescimento na concessão de crédito considerado mais arriscado, já que os bancos estão afrouxando suas exigências na hora de emprestar na tentativa de preservar seus lucros. Com a recuperação econômica lenta no país, o aperto da regulação financeira e as taxas de juros próximas de zero, os bancos estariam perdendo receitas e, por isso, emprestando sob condições consideradas mais arriscadas em busca de retorno.
O órgão regulador afirmou, em seu relatório semianual publicado ontem, que identificou queda nas exigências dos bancos para a concessão de crédito a empresas alavancadas que pagam taxas mais altas (“high yield”) e nos empréstimos indiretos para aquisição de automóveis. Isso também estaria sendo observado em certas linhas de crédito comercial. Exemplo disso são o relaxamento de certas exigências de garantia nos empréstimos e o estabelecimento de termos mais “liberais” de repagamento das dívidas.
“Por conta dessas tendências, a OCC irá aumentar sua atenção nos padrões de originação e encorajar os bancos a avaliar de forma diligente seu apetite de risco de crédito nesse estágio do ciclo de crédito”, afirmou a instituição.
“Bancos com significativa concentração em ativos de longo prazo devem avaliar sua vulnerabilidade à uma alta repentina na taxa de juros”, diz a OCC.
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