Notícias

Preocupação com futuro de instituição alemã derruba euro

EuroO euro caiu em relação a todas as outras moedas mais negociadas, depois que os ministros das Finanças europeus descartaram medidas imediatas de combate à crise de endividamento.

As moedas de 17 países caíram pela primeira vez em mais de uma semana contra o franco suíço devido a especulações de fracasso na tentativa de reestruturação do WestLB AG, banco estatal alemão socorrido durante a crise financeira, está afundando. O won, moeda da Coreia do Sul, teve o melhor desempenho entre as principais moedas e o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão caiu menos do que previsto.

“A queda do euro se deve à preocupação com o banco alemão WestLB”, disse Carl Forcheski, diretor do departamento de câmbio para o mercado empresarial no Société Générale, em Nova York. “Se depois da reunião dos ministros de Finanças as pessoas ficarem com a impressão de que as coisas não estão sendo equacionadas, elas já estão com tantos problemas subjacentes que poderão fazer o euro cair ainda mais”.

O euro caiu 0,7%, para 112,32 ienes às 11h28 em Nova York, de 113,06 em 11 de fevereiro. A moeda comum desvalorizou 0,6%, para US$ 1,3476, de 1,3554 dólares. O iene valorizou 0,1%, para 83,35 por dólar, de 83,43. O euro caiu 0,8%, para 1,3084 francos em seu primeiro declínio desde 3 de fevereiro.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, disse a jornalistas antes de uma reunião de ministros das Finanças europeus hoje em Bruxelas que a “estabilidade” dos mercados financeiros alivia a pressão por um aumento nos € 440 bilhões (US$ 593 milhões) em recursos para socorro.

“Os mercados estão tão estáveis, neste momento que é melhor não inquieta-los com discussões supérfluas”, disse Schaeuble. “Nenhuma notícia particularmente emocionante” sairá da reunião, segundo Schaeuble.

Enquanto o dólar manteve-se abaixo do iene, o presidente Barack Obama enviou ao Congresso um orçamento de US$ 3,7 trilhões prevendo que em 2012 o déficit federal superará US$ 1 trilhão pelo quarto ano consecutivo, antes de cair para os níveis mais “sustentáveis” de meados da década.

O sulcoreano won também liderou os avanços entre as moedas asiáticas, enquanto a economia japonesa mostrou retração a uma taxa anual de 1,1% no quarto trimestre. A mediana das previsões de 26 economistas consultados pela “Bloomberg News” era de uma queda de 2%.

O won valorizou 0,5% frente ao dólar, para 1.122,88, de 1.128,47. A rúpia, moeda indiana, avançou 0,4%, para 45,5050, de 45,6850.

A libra subiu 0,6%, para 84,15 pence por euro, antes que previsões em um relatório divulgado nesta semana ter revelado uma inflação acelerada, o que reforça as expectativas de que o Banco da Inglaterra elevará os juros. A libra pouco variou, ficando em 1,6004 por dólar.

O euro caiu, ao passo que a “Reuters”, citando uma pessoa que participou de uma reunião sobre o WestLB, informou que uma comissão alemã não conseguiu chegar, ontem, a acordo sobre uma reestruturação para a instituição financeira.

Enda Kenny, líder do maior partido de oposição na Irlanda, o Fine Gael, disse ontem em entrevista à RTE, emissora com sede em Dublin, que os portadores de obrigações bancárias seniores deveriam compartilhar os custos do socorro ao sistema financeiro do país. Ele disse que um novo governo buscará renegociar os detalhes do socorro internacional após eleições nacionais.

George Petalotis, porta-voz do governo grego, disse em comunicado de 12 de fevereiro serem “inaceitáveis” as exigências de venda de ativos para levantar até € 50 bilhões até 2015 para pagar dívidas.

O país colocou-se ao lado da Itália, na semana passada, na oposição a metas numéricas anuais de redução do endividamento. A Grécia, que necessitou de ajuda financeira no ano passado para enfrentar seu crescente déficit, disse que uma regra proposta poderá forçá-la a promover cortes insustentavelmente grandes depois que seu pacote de socorro terminar, em 2013, segundo um projeto de lei da UE.

“Sempre que há especulações em torno desse tipo de coisa, o mercado leva isso em consideração”, disse Forcheski do Société Géneralé. “Eles sabem que as coisas não vão nada bem na terra do euro.” O rendimento dos títulos soberanos portugueses com maturação em 10 anos subiu seis pontos base, ou 0,06 ponto percentual, para 7,37%. A taxa chegou a 7,64% em 10 de fevereiro, seu nível mais alto desde o lançamento do euro, em 1999.

O iene avançou pela primeira vez em quase duas semanas frente ao dólar devido a especulações de que empresas japoneses compraram a moeda para remeter lucros do exterior antes do encerramento do ano fiscal no Japão, em março.

Fonte: Allison Bennett e Meakin Lucy, Bloomberg, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.