Notícias

Sob risco de liquidação, WestLB tem de apresentar hoje plano de reestruturação

DesesperoOs proprietários do WestLB e do governo alemão estão se esforçando para chegar a um acordo sobre o futuro do banco antes do prazo final, estipulado para hoje à noite, para apresentarem um plano de reestruturação à UE.

Executivos de bancos e autoridades dizem que o pior cenário seria que os donos do banco assolado e o governo não consigam concordar sobre o apoio ao WestLB e que o banco seja forçado a adotar procedimentos de liquidação.

Seria o primeiro banco alemão a ser submetido a uma liquidação ordenada desde que a Alemanha aprovou uma legislação no ano passado para permitir “estrangulamentos” de detentores de dívidas de bancos numa reestruturação. O primeiro uso desse tipo de processo poderia resultar em prejuízos para os investidores em dívidas do WestLB e arriscaria provocar novas turbulências nos mercados financeiros europeus.

O BaFin, órgão regulador financeiro alemão, estava envolvido em conversas em torno do WestLB no fim de semana, no que uma fonte disse ser uma parte normal do seu papel. O BaFin não quis comentar. Considerados os riscos envolvidos, observadores acreditam ser mais provável que barganhas de último instante em torno do pagamento da conta para reestruturar o WestLB produza um avanço.

Mas qualquer solução é politicamente controversa, à medida que parte do custo de ajudar o banco de capital aberto será suportado pelos contribuintes.

Os esforços de reestruturação estão centrados numa divisão tripartite, que veria a principal linha de negócios local da WestLB ser escorada por outros bancos do setor privado, enquanto alguns segmentos internacionais seriam comercializados para venda e outros ativos indesejados seriam somados ao instrumento existente de liquidação.

Mas aceitar que capital seja colocado à disposição para essa solução – e tratar com as reduções contábeis enfrentadas pelos donos do WestLB – transformou-se num ponto de impasse.

O WestLB, pertencente ao grupo dos oito bancos alemães pertencentes às regiões, conhecidos como “Landesbanken” (bancos regionais) precisaram receber múltiplos socorros financeiros nos anos recentes.

A Comissão Europeia exigiu uma solução duradoura para os problemas do banco.

Autoridades de proteção da concorrência deliberaram mais recentemente que o banco havia recebido um subsídio estatal implícito de cerca de € 3,4 bilhões (US$ 4,6 bilhões) quando transferiu aproximadamente € 77 bilhões em ativos a um “banco ruim” no ano passado.

Joaquín Almunia, comissário para Assuntos de Concorrência da UE, disse à época que a possibilidade de o banco ser liquidado estava aumentando.

Autoridades de defesa da concorrência estão prevendo que uma proposta será submetida pelo WestLB em tempo para satisfazer o prazo final.

Fonte: James Wilson e Nikki Tait, Financial Times, Valor Economico

Filial no Brasil reduz total de ativos para R$ 2,6 bi

No Brasil, o WestLB é uma subsidiária integral da matriz na Alemanha e tem atuação como banco de atacado -dá crédito em reais e em dólares e faz transações de banco de investimento. O banco já teve, em 2006, 150 funcionários, contando com terceirizados, e hoje possui 76. Os rumores de que a filial brasileira estaria à venda vão e vêm há cerca de cinco anos.

No último ano, segundo dados enviados ao Banco Central, o WestLB encolheu seus ativos no Brasil, que passaram de R$ 3,3 bilhões em setembro de 2009 para R$ 2,6 bilhões em setembro de 2010. Mas o WestLB tem atuação forte no mercado de empréstimos externos em dólar para o Brasil e liderou várias transações de empréstimos sindicalizados. Esses empréstimos são contabilizados fora do Brasil.

O nome da presidente do banco é Rainer Siegfried Tamschick e seu patrimônio líquido é de R$ 497,172 milhões. Os seus focos principais de atuação, segundo o próprio banco, são estruturação financeira, financiamento de projetos e operações de comércio exterior e de aquisições. O banco oferece serviços de tesouraria e assessoria financeira.

O grupo WestLB propriamente dito chegou ao Brasil em 75, com escritório de representação no Rio de Janeiro. Mas, se considerarmos os bancos adquiridos, está no país desde 1911, por meio do Banco Ítalo Belga, que foi comprado pelo Banque Européene pour L’Amerique Latine (Beal), depois comprado pelo WestLB. Em 2008, o alemão quase fechou parceria com o português Banco Espírito Santo para atuar na América Latina.

Fonte: Cristiane Perini Lucchesi, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.

One thought on “Sob risco de liquidação, WestLB tem de apresentar hoje plano de reestruturação

  • Lauro

    Única solução é a parceria com o BES.

Fechado para comentários.