Notícias

Para presidente do BC, Cruzeiro do Sul é caso isolado

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira (12) que o banco Cruzeiro do Sul –que está sob intervenção por problemas na contabilidade e no descumprimento de normas do sistema financeiro, com rombo detectado de R$ 1,3 bilhão– é um caso isolado.

De acordo com ele, os bancos pequenos e médios –há 128 hoje no Brasil– representam cerca de 17% dos ativos, 13% da carteira de crédito e 15% dos depósitos bancários, e possuem um nível de capital satisfatório. “O Banco Central não faz papel de avestruz. Identificados os problemas, ele atua”, declarou, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos.

Ele declarou ainda que não é incomum se encontrar casos de instituições financeiras que burlam as normas do Banco Central. “Nos deparamos com essas situações, que são aprofundadas, relatadas a outros órgãos e denunciadas ao Ministério Público Federal. Esse é o nosso cotidiano”, declarou Tombini.

“Instituições que estão funcionando podem tropeçar e descumprir normas do conselho monetário do Banco Central. Sempre que detectadas, atuamos e fazemos as denúncias caso a caso”, completou.

Reportagem da Folha desta terça-feira mostrou que, dois anos antes de decretar intervenção no banco, o BC informou à Justiça que a instituição havia se tornado “grande ‘lavanderia’ de dinheiro das mais diversas origens e de forma premeditada”.

As movimentações atípicas do banco se deram por meio do Clube Alta Liquidez, fundo de investimento criado em 2001 –o Cruzeiro do Sul mantinha suas quatro contas.

Para o Banco Central, o fundo foi constituído “com o objetivo claro de acobertar movimentação financeira de interesse de terceiros, visando lavagem/branqueamento de dinheiro”.

O Cruzeiro do Sul alega que seguiu a política do “conheça seus clientes” e que não tinha por que desconfiar deles.

O banco não quis se manifestar sobre o fundo Alta Liquidez. Na Justiça, tenta anular uma multa de R$ 200 mil aplicada na esfera administrativa pelo BC.

Para o Banco Central, o banco foi “complacente com operações que podem estar relacionadas a atividades criminosas”.

Fonte: Maeli Prado, Folha de S.Paulo

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.