Lehman Brothers chega a acordo sobre processos de US$ 38 bilhões
O Lehman Brothers e sua unidade em Londres, o Lehman Brothers International (Europe), chegaram a um acordo para resolver processos que envolvem US$ 38 bilhões.
O acordo está sujeito a aprovação da Justiça e, se avançar, permitirá que os ativos sejam distribuídos a clientes e credores.
“Este é um marco importante para os clientes porque, se aprovado pela corte, o acordo abre caminho para distribuições que vão representar 100% de recuperação das posses dos clientes”, afirmou James W. Giddens, liquidante do Lehman Brothers.
Ele acrescentou que o acordo resolve dezenas de bilhões em processos do maior reclamante individual do Lehman, e vai permitir que clientes e credores recebam bem antes do que no caso de as queixas envolvendo o Lehman Brothers International terem entrado em litígio.
Pelos termos do acordo, a queixa de US$ 15,1 bilhões de cliente contra o Lehman será autorizada em cerca de US$ 7,5 bilhões – nos valores de setembro de 2008 – em ativos e dinheiro.
O processo de US$ 8,9 bilhões de cliente do Lehman International será substituído por um pedido de US$ 500 milhões. O Lehman vai concordar com uma reclamação de cerca de US$ 4 bilhões em propriedades do Lehman International e um processo do Lehman contra o Lehman International de US$ 13,8 bilhões será eliminado.
Além disso, uma pedido de indenização de cliente do Lehman contra o Lehman International será designado para o próprio Lehman International.
As partes concordaram em suspender o cronograma de processos até meados de dezembro para permitir o trabalho de finalização do acordo. Se um entendimento final entre as partes for alcançado antes de 15 de dezembro, uma audiência em corte de falência dos Estados Unidos buscando a aprovação pode ser antecipada no primeiro trimestre de 2013.
O Lehman Brothers, que chegou a ser o quarto maior banco de investimentos dos EUA, entrou em colapso em 15 de setembro de 2008, na maior quebra da história. O Lehman saiu da proteção contra falência (Chapter 11) em março e os advogados do Estado tentam reduzir as dezenas de bilhões de queixas de credores.
(Dow Jones Newswires)
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