Para comprar BVA, dono da CAOA terá de injetar R$ 700 milhões
Se o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade — dono do grupo CAOA — resolver de fato comprar o BVA, terá de injetar pelo menos R$ 700 milhões em dinheiro novo para o banco escapar da liquidação. Esse valor se somaria aos R$ 500 milhões que Andrade já tem investidos no BVA na forma de depósitos a prazo.
A expectativa é que, até quarta-feira, o empresário apresente uma proposta ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e ao Banco Central (BC), caso decida levar adiante as negociações.
Ao todo, Andrade comprometeria, portanto, R$ 1,2 bilhão no BVA — que está sob intervenção do BC desde 19 de outubro. O interesse do empresário é criar um banco para financiar a venda de automóveis da rede CAOA.
Porém, fontes a par das negociações consideram alto demais o comprometimento de capital que o empresário teria para essa finalidade. Com menos recursos, ele conseguiria montar uma instituição financeira do zero e sem as complicações que a aquisição de um banco sob intervenção podem trazer.
Nesta semana, o interventor do BVA, Eduardo Bianchini, pediu mais 60 dias de prazo para apresentar seu relatório final com os números do banco. A expectativa, porém, é que o balanço esteja pronto até meados de janeiro.
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