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Para BC, Cruzeiro do Sul não representa risco sistêmico

O Banco Central (BC) não espera que a quebra do Cruzeiro do Sul provoque dificuldade de captação a outros bancos de médio ou pequeno porte. “O problema é localizado. Má gestão não contamina”, disse ao Valor nesta sexta-feira o diretor de fiscalização da autarquia, Anthero Moraes Meirelles. “O segmento continua saudável.”

A inviabilidade da recuperação do Cruzeiro foi reconhecida hoje com a decretação do processo de liquidação extrajudicial da instituição. Até então, o banco estava sob Regime de Administração Especial Temporária (Raet), tipo de intervenção em que a empresa financeira segue funcionando. O Banco Prosper, que tinha sido comprado pela instituição antes da Raet, também foi liquidado.

Excluídos os dois liquidados hoje, 126 bancos são classificados como pequenos e médios pelo BC. Segundo Anthero Meirelles, há várias razões para acreditar que a quebra dos dois não provocará problemas de liquidez para os que ficam. A primeira é que o rombo patrimonial de R$ 2,2 bilhões do Cruzeiro do Sul não foi provocado por problemas da economia brasileira ou internacional e sim por problemas do próprio banco. O BC detectou operações fraudulentas de crédito e má gestão.

A segunda razão é a falta de importância sistêmica das instituições liquidadas. Juntos, ao fim de junho, elas detinham apenas 0,27% dos ativos do sistema bancário brasileiro e 0,33% dos depósitos totais. “Cruzeiro e Prosper não representam risco sistêmico”, disse o diretor do BC.

Ele considera ainda que a liquidação não altera o humor do mercado por que a quebra do Cruzeiro do Sul “já estava precificada desde a Raet”, decretada no início de junho. Ou seja, eventuais impactos na captação dos bancos pequenos já teriam ocorrido.

Febraban

Presente em evento em São Paulo nesta sexta-feira, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, afirmou estar seguro de que a liquidação dos bancos não terá repercussão no mercado.

Ele acrescentou que o sistema financeiro no Brasil é sólido e, portanto, não deve ocorrer efeitos mais fortes da medida anunciada hoje pelo BC.

Portugal ponderou que, embora o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e o BC “tenham feito um trabalho excelente”, na tentativa de evitar a liquidação, isso não foi possível, mas que esta deve ser considerada uma solução de mercado. “Não é a solução que eu e você gostaríamos, é uma solução de mercado”, afirmou.

(Mônica Izaguirre e Lucinda Pinto | Valor)

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.