Operadores não tinham dimensão dos riscos, diz presidente do JP Morgan
No depoimento que dará ao Congresso americano nesta quarta-feira, o presidente do J.P. Morgan Chase James Dimon vai dizer que a perda bilionária do banco foi derivada de transações de operadores que não entendem os riscos, a partir de limites de risco que não eram apropriadas para a carteira e de gestores que eram “ineficientes” em contestar o julgamento dos operadores.
De acordo com uma cópia do depoimento divulgada nesta terça-feira, Dimon vai testemunhar que ao invés de reduzir ativos ponderados pelo risco e de risco associado na carteira, os operadores do banco de investimentos do banco embarcaram em uma estratégia de negociação complexa para compensar posições existentes.
No entanto, as operações só fizeram a carteira ficar maior, mais complexa e mais difícil de gerir, segundo o depoimento de Dimon. “A carteira se transformou em algo que, ao invés de proteger a empresa, criou riscos novos e potencialmente maior”, diz o depoimento.
Dimon dirá que o banco tem feito um “progresso real” na redução do risco. “Isso não reduz, porém, as perdas já incorridas e não exclui perdas futuras, só reduz a probabilidade e magnitude dessas perdas futuras”, diz o depoimento preparado.
Os operadores “não tinham a compreensão necessária dos riscos que eles tomaram,” diz o depoimento, e quando os negócios começaram a se voltar contra o banco em março e início de abril, os operadores acreditavam que os movimentos de mercado eram temporários e que iriam se inverter.
Enquanto isso, o pessoal em funções de supervisão-chave estavam em transição e os controles de riscos “não foram tão robustos como deveriam ter sido”. As transações deveriam ter sido sujeitas a mais supervisão, de acordo com o testemunho.
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