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Minoritários do Banco Bamerindus perto de acordo

BamerindusUma batalha travada por acionistas minoritários do antigo Banco Bamerindus, que se arrasta há quase 14 anos, pode estar prestes a se encerrar.

No dia 22, uma assembleia em Curitiba, com a participação de representantes da Associação dos Acionistas Minoritários do Bamerindus e do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mantido por bancos privados, deve selar um acordo, pelo qual os acionistas receberão pelo menos parte dos valores das ações que tinham em 1997. Nesse ano houve intervenção no Bamerindus, que posteriormente teve parte dos ativos incorporada ao HSBC.

De acordo com o vice-presidente da associação, Jair Euclides Capristo, o FGC procurou-os e fez uma proposta para comprar as ações, desde que os beneficiários bloqueiem os processos judiciais.

O FGC poderia, então, comprar e leiloar alguns ativos do banco, que estão bloqueados, e pagar acionistas e outros credores, entre eles o próprio fundo. Com isso, o FGC seria um intermediário para que o Banco Central encerrasse a liquidação extraordinária da instituição, permitindo ao comprador mais condições de negociar e recuperar créditos.

Segundo a Associação dos Acionistas Minoritários, somente em créditos tributários há R$ 10 bilhões. “A reunião dos acionistas será apenas para aceitar a proposta do fundo”, afirmou Capristo. Ele disse que entrou em contato com vários associados que já concordaram com a proposta.

O FGC deverá pagar R$ 7,74 por ação do Banco Bamerindus e R$ 5,52 por ação da Bamerindus Participações e Empreendimentos, holding controladora do grupo. Valor 40% inferior aos R$ 12,90 que inicialmente eram pedidos pela associação, visto ser esse o preço das ações na época em que houve a intervenção.

“É um valor que satisfaz, talvez não seja uma questão de merecimento, mas tem de ser feito com o dinheiro que eles (FGC) dispõem”, ponderou o presidente da associação, Euclides Nascimento Ribas. “Há uma sensação de alívio, de que cumpri a minha obrigação.”

Em abril. Ribas acredita que, fechado o acordo, o dinheiro comece a ser depositado em abril. A associação estima que, com pouco mais de R$ 50 milhões, seja possível pagar aos acionistas.

Atualmente, 1,2 mil dos aproximadamente 53 mil acionistas minoritários fazem parte da associação. Para se habilitar ao acordo, outros interessados podem se associar até o dia 22, preenchendo formulário disponível no site www.minoritariosbamerindus.com.br.

PARA LEMBRAR – Antes do rombo, banco era o 3º maior

O Bamerindus chegou a ocupar a posição de terceiro maior banco do País. Em 1997, no entanto, foi descoberto um rombo de R$ 2,7 bilhões em seu caixa. O Banco Central, no mesmo ano, injetou R$ 2,9 bilhões no banco por meio do Programa de Estimulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional (Proer). Em seguida, tirou o senador José de Andrade Vieira (PTB-PR)do controle da instituição – o que gerou desconforto político entre o senador e o então presidente Fernando Henrique e sua equipe econômica. Ainda em 97, o Bamerindus foi vendido para o HSBC por R$ 1.

Fonte: Evandro Fadel – O Estado de S.Paulo

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.