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Mercado usa tecnologia para manter investidores na Bolsa

As corretoras investem em tecnologia para enfrentar a saída de investidores da Bolsa, provocada pela instabilidade do mercado. Novas ferramentas tentam popularizar operações complexas ao pequeno investidor.

“[As ferramentas] Abrem mais opções; em vez de comprar e torcer para subir, o investidor tem muito mais alternativas. É de esperar que essa ‘migração’ comece a crescer”, afirma Paulo Levy, diretor da MyCAP, home broker da corretora Icap.

A empresa habilitou no fim do ano passado uma ferramenta para que o pequeno investidor possa fazer sozinho, no home broker (negociação via internet), a chamada “venda a descoberto”, que permite ganhar com a queda das ações.

“A ideia é procurar diversificar as operações, hoje bem limitadas, e dar oportunidade para o cliente proteger sua carteira a fim de que consiga se manter no mercado”, diz Bruno DiGiorgio, superintendente da Banifinvest, que acaba de lançar uma ferramenta de auxílio para uma operação complexa.

Pesquisa da Folha encontrou lançamentos de programas semelhantes em cinco corretoras.

Segundo especialistas, essas tentativas de estancar a saída do pequeno investidor quando o mercado acionário está sofrendo acaba contribuindo para o processo de amadurecimento desse público na Bolsa.

“Eram operações usadas pelos gestores de fundos. De dois anos para cá, a pessoa física começou a buscar ganhos alternativos. Agora, mesmo que o mercado fique mais definido, vai ter uma demanda cativa”, diz Silvia Werther, diretora da Ativa Corretora.

Em 2011, a Bolsa amargou interrupção no processo de expansão no número de novos investidores pessoa física, que vinha desde ao menos 2002. A queda de 18,11% do Ibovespa contribuiu para a saída de 30 mil pequenos aplicadores.

META ADIADA

Também no ano passado, e como reflexo da instabilidade, a BM&FBovespa tomou a decisão de postergar, de 2015 para 2018, a meta de alcançar 5 milhões de investidores pessoa física. Ao final de 2011, eles eram 583,2 mil.

“Ampliamos o prazo porque há uma crise. O mercado está funcionando de forma diferente do normal”, diz Patrícia Quadros, gerente dos programas de popularização da BM&FBovespa.

Ela vê um amadurecimento desse público após o período de hiperinflação, que impedia a maior participação do investidor pessoa física, mas diz que há muito a fazer.

Para enfrentar a crise e reforçar os programas de popularização, a Bolsa lançou, no fim de 2010, um programa para premiar o investidor que permanece mais tempo e indica amigos ao mercado.

Aplicativos levam a Bolsa para a palma da mão

Se o amadurecimento e a manutenção do pequeno investidor na Bolsa passam por tecnologia, o mercado avança agora no próximo degrau da evolução: a palma da mão.

Aplicativos para smartphones e tablets já permitem fazer operações, além de acompanhar cotações em geral. No site da Bovespa, a ferramenta aparece em 25 das cerca de 100 corretoras listadas.

Segundo o gerente da Socopa Fabrício Tota, o recém-lançado aplicativo é usado por clientes em intervalos curtos, como na espera de uma consulta.

“Ele quer acompanhar mais de perto para entender como as coisas se relacionam no mercado. Informação é importante para que ele resista e fique na Bolsa.”

CUIDADOS

Para Rafael Paschoarelli, professor de finanças da FIA, o amadurecimento do investidor criou demanda por ferramentas que fujam do óbvio. Ele deixa o alerta, contudo, para que a pessoa só faça operações que entenda. “Se não entende, mantenha-se fora.”

Paschoarelli aposta em maior participação da pessoa física. “Com a queda dos juros, a Bolsa vai se consolidar como opção de longo prazo superior à renda fixa.”

Fonte: Gabriel Baldocchi, Folha de S.Paulo

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.