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Massa falida da Boi Gordo leiloa 2 fazendas e arrecada R$ 26,5 milhões

Os liquidantes da massa falida da Fazendas Reunidas Boi Gordo, que prometia aplicações com ganhos espetaculares em gado e que quebrou em 2001, arrecadaram R$ 26,5 milhões com a venda de mais duas fazendas no leilão judicial realizado hoje na capital paulista.

A fazenda Realeza, avaliada inicialmente em R$ 13,925 milhões, foi vendida por R$ 25 milhões. Com uma área de 676,95 hectares, a propriedade, localizada em Itapetininga (SP), era considerada a joia da coroa da Boi Gordo. Já a fazenda Vale do Sol II, em Salto do Céu (MT), foi comprada por R$ 1,5 milhão. Avaliada em R$ 1,267 milhão, a propriedade abrange 518,6426 hectares.

Juntas, as fazendas foram vendidas com ágio médio de 70% e o pagamento será realizado da seguinte forma: 20% à vista e o restante parcelado em 12 vezes com juros de 1% ao mês. O leilão foi realizado na Casa de Portugal, em São Paulo.

Duas outras propriedades foram leiloadas em 7 de novembro deste ano e arrecadaram R$ 3,81 milhões. As fazendas Primavera e a Alteza I e II, ambas localizadas em Mato Grosso, foram arrematadas com um ágio médio de 80% por dois pecuaristas da região.

Em 2009, foi vendida a fazenda Eldorado, localizada na Chapada dos Guimarães (MT), arrematada por R$ 4,650 milhões. Ainda foi desapropriada uma propriedade pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em 2008, por R$ 5 milhões, sendo a que a metade do valor já foi quitado.

Ao todo, a massa falida da Boi Gordo conseguiu arrecadar R$ 34,96 milhões com a venda de cinco propriedades. Outras cinco fazendas, que estão em avaliação, deverão ser leiloadas no ano que vem. Só a Realeza do Guaporé I e II, de cerca de 120 mil hectares, localizada em Pomodoro (MT), tem valor estimado em mais de R$ 100 milhões. Outra, localizada ao norte de Mato Grosso, aguarda definição do Código Florestal para ser vendida.

Os recursos serão utilizados para pagar os credores preferenciais, ou seja, as dívidas trabalhistas e tributárias, cujo valor pode atingir R$ 135 milhões. Só depois os cerca de 30 mil investidores da Boi Gordo vão receber algo de volta de suas aplicações. A empresa pediu concordata em outubro de 2001 e acabou tendo a falência decretada pela Justiça em abril de 2004, deixando um passivo estimado de R$ 2,2 bilhões em valores da época, que soma hoje cerca de R$ 3 bilhões.

A massa falida tem hoje em caixa cerca de R$ 28 milhões. Somando-se a isso às propriedades vendidas, mais as que estão em avaliação, o valor dos ativos deve superar R$ 200 milhões.

Fonte: Silvia Rosa | Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.