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Maioria dos CEOs vê o departamento de TI como gerador de despesas

Os CEOs estão valorizando mais o de departamento de TIC. Eles esperam que os CIOs sejam capazes de propor e implementar soluções orientadas a negócios e que criem  serviços ou produtos com mais velocidade. Essas são as conclusões de um estudo realizado com mais de mil diretores gerais pela consultoria espanhola Setesca.

O levantamento teve como objetivo avaliar a percepção que os CEOs têm sobre a área de TI  e o que eles mais valorizam nesse departamento.

De acordo a pesquisa, apesar de a TI fornecer soluções essenciais para alta eficiência (basicamente para os processos administrativos) das companhias, o deparamento ainda é percebido como gerador de despesas para 80% dos CEOs entrevistados.

No entanto, em empresas com grau elevado de internacionalização a tecnologia da informação representa um valor competitivo em 72% dos casos.

Demandas da TI
Entre as principais exigências que os CEOs fazem ao departamento de TIC está a exigência de que eles não exerçam apenas função tecnológica. Os diretores gerais esperam que o setor agregue valor competitivo.

Os CEOs estão pedindo que o departamento de TI seja capaz de propor e desenvolver soluções que fornecem um claro valor estratégico para o negócio, segundo 48% dos entrevistados pela Sesteca. Trinta e dois por cento deles afirmaram que apreciam os serviços pró-ativos e criação de  produtos para o consumidor final. Já a velocidade em apresentação e execução de soluções foi apontada por 20% dos abordados pela pesquisa.

Depois da bolha de tecnologia entre o período 1998-2003, e processos de implantação das grandes sistemas de gestão empresarial (ERP) que foram realizados até 2010, o valor do departamento de TIC caiu drasticamente, aponta o estudo.

A queda é explicada pela diferença entre as expectativas criadas pelo CIO e investimentos e despesas. Os projetos geram benefícios, melhoram o desempenho dos negócios, mas os custos para manutenção da infraestrutura são altos.

Essa necessidade de transformar o departamento de TIC em área estratégica é  uma necessidade para aumentar a competitividade dos negócios. Esta é uma tendência em mercados com altas taxas de produtividade (Alemanha, França, Escandinávia, Japão e outros) e que têm crescido exponencialmente nos últimos três anos.

Visão global
Um exemplo dessa abordagem é o papel que alguns departamentos estão desempenhando em empresas que apostam na internacionalização. Nessas companhias, a TI é componente estratégica, uma vez que é a única área da organização que possui visão global de todos os processos de negócios.

Nesses casos, é a TI que redefine os processos de gestão. Seu papel é fazer com que a empresa atenda às necessidades do consumidor e as leis de cada país, indicando e ajudando os outros departamentos a fazerem ajustes para estar em conformidade com os novos mercados locais.

Assim, o estudo mostra que há uma grande oportunidade para melhorar o retorno dos sistemas de informação. Em empresas onde o CIO tem demonstrado foco claro sobre os negócios , houve aumento da competitividade em termos de eficácia, crescimento e flexibilidade.

Fonte: Computerworld (Espanha)

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.