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Lucros de bancos nos EUA disparam com expansão do crédito imobiliário

Dois dos maiores bancos dos EUA, o Wells Fargo e o J.P. Morgan Chase, tiveram lucros recordes no último trimestre graças à forte expansão no crédito imobiliário, embora tropeços em outras áreas deixem os investidores preocupados sobre a durabilidade desses lucros.

Ambos os bancos anunciaram nesta sexta-feira lucros superiores a 10% no terceiro trimestre, refletindo a expansão do mercado imobiliário e a manutenção dos juros em níveis baixos.

Mas analistas dizem que esses lucros podem não ser sustentáveis, já que ambos os bancos divulgaram uma redução nas suas margens, o que indica que podem não lucrar tanto no futuro.

As ações do J.P. Morgan fecharam o dia em baixa de 1,1%, cotadas a US$ 41,62, e as do Wells Fargo tiveram queda de 2,6 %, vendidas a US$ 34,25.

O problema é com a margem de juro líquida, ou seja, a diferença entre o que os bancos cobram de juros sobre os empréstimos e o que eles pagam sobre os depósitos. Em ambos os balanços, essa margem diminuiu.

“Você tem uma batalha entre a margem de juros líquida e o financiamento imobiliário”, disse o analista Marty Mosby, da Guggenheim Securities.

CRISE

O mercado hipotecário afundou os bancos no auge da crise financeira, mas ultimamente se tornou novamente lucrativo.

Em setembro, o Federal Reserve (banco central norte-americano) anunciou que comprará mensalmente enormes quantidades de títulos hipotecários, e isso levou a uma queda nos juros imobiliários e a uma alta nos pedidos de financiamento.

O Wells Fargo, maior credor imobiliário dos EUA –com o triplo da carteira do seu maior concorrente– lucrou US$ 139 bilhões com hipotecas entre julho e setembro, ou US$ 50 bilhões a mais do que no mesmo período do ano passado.

Mas Jamie Dimon, executivo-chefe do J.P. Morgan, alertou que há um limite para esse crescimento. “Não esperamos contar com margens elevadas e novos financiamentos para sempre”, disse Dimon, acrescentando que a atual tendência vai continuar “no próximo trimestre, talvez em um par de trimestres depois disso, mas não vai durar muito mais”.

O J.P. Morgan, dono do maior volume de depósitos entre os bancos dos EUA, teve um lucro líquido total de US$ 5,71 bilhões no trimestre, o que equivale a US$ 1,40 por ação, em alta de 34% em relação ao lucro de US$ 4,26 bilhões (US$ 1,02 por ação) no ano passado.

Já o Wells Fargo, quarto maior banco dos EUA em volume de depósitos, lucrou US$ 4,9 bilhões no trimestre, 22% acima do mesmo período em 2011. O lucro por ação, de US$ 0,88, foi semelhante ao estimado por analistas, que era US$ 0,87, mas o faturamento ficou US$ 270 milhões aquém das previsões dos especialistas.

Fonte: Reuters, Folha de S.Paulo

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.