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Liquidante do processo de Madoff tenta recuperar US$ 172,8 milhões

O gestor da massa falida da empresa de Bernard Madoff processou a Lion Global Investors e outras seis empresas a fim de recuperar pelo menos US$ 172,8 milhões que essas companhias supostamente receberam após investimentos realizados por meio da Fairfield Sentry.

Irving Picard, que cuida da liquidação da Bernard L. Madoff Investment Securities, reclama que a Fairfield transferiu recursos para a Lion Global, uma gestora de recursos sediada em Cingapura, antes da prisão do milionário. A Fairfield era um “feeder fund” que alimentava as carteiras de Madoff.

As transferências teriam como destino também a Quilvest Finance, uma unidade de Luxemburgo da empresa de investimentos Quilvest SA, e outras cinco instituições, segundo documentos da Corte de Falências dos Estados Unidos, em Nova York. Sete reclamações apresentadas na semana passada exigem pelo menos US$ 172,8 milhões para os investidores da pirâmide de Madoff.

Picard pede ainda US$ 11,5 milhões do First Gulf Bank, unidade da empresa de empréstimos United Arab Emirates, de Abu Dhabi. Picard disse que ele tem autoridade para conseguir de volta os recursos relativos às transferências já que ele trabalha para recuperar o dinheiro dos clientes de Madoff.

Picard, depois de mapear e, muitas vezes, negociar com grandes “feeder funds” está buscando quantias relativamente pequenas de investidores que resgataram recursos dessas carteiras antes da prisão de Madoff, em 2008. O acordo do gestor da massa falida com a Fairfield Sentry, de Walter Noel, foi aprovado no tribunal em junho.

No mês passado, o gestor da massa falida perdeu o direito a reclamar por quase US$ 9 bilhões em prejuízos numa ação contra o HSBC e “feeder funds” depois de uma decisão do juiz distrital Jed EUA Rakoff. Madoff está cumprindo uma sentença de 150 anos em uma prisão na Carolina do Norte.

Picard está buscando US$ 50,6 milhões da Lion Global, de acordo com o documento. A Lion, por meio da joint venture com a Fairfield Greenwich Group, captou cerca de US$ 45 milhões de investidores para o “feeder fund”, de acordo com o processo arquivado em dezembro de 2008.

O capital da Lion Global é formado 70% pela seguradora Great Eastern Holdings e os outros 30% da Oversea-Chinese Banking , segundo a sua página na internet. A Great Eastern, por sua vez, é controlada pela Oversea-Chinese, segundo maior banco do Sudeste da Ásia. A Quilvest EUA, de Nova York, foi procurada em busca de comentários após o horário comercial e as ligações não foram retornadas. Ninguém foi encontrado no escritório do First Gulf Bank.

Fonte: Karen Gullo e Linda Sandler, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.