Investigados na Lava Jato podem devolver R$ 500 milhões, diz jornal
Uma parte dos investigados na Operação Lava Jato, e que firmou ou ainda negocia acordos de delação premiada, poderá devolver R$ 500 milhões aos cofres públicos, de acordo com reportagem publicada neste domingo pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. A operação investiga supostos esquemas de pagamento de propina e desvios de recursos na Petrobras.
Segundo o jornal, esses recursos se referem ao valor que dez pessoas investigadas, e que decidiram colaborar ou estão em vias de fechar um acordo com o Ministério Público Federal, deverão devolver ao país.
Procuradores federais, conforme a reportagem, “dão como certa” a devolução desse montante, que representará o maior valor já ressarcido aos cofres públicos em toda a história do Brasil.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa já havia se comprometido a devolver R$ 70 milhões e o doleiro Alberto Youssef deverá entregar cerca de R$ 55 milhões. O jornal aponta ainda que outras três pessoas, vinculadas ao braço operacional do esquema de corrupção, deve devolver outros R$ 165 milhões em troca da redução de pena.
Sanko repassou comissão a executivos da Camargo Corrêa, diz jornal
O proprietário da Sanko, que fornece tubos de aço à Camargo Corrêa, Márcio Bonilho, teria afirmado que sua empresa repassou comissões a dois executivos da construtora, que usaram empresas de suas mulheres para receber o pagamento, segundo reportagem de hoje do jornal “Folha de S. Paulo”.
Os depósitos, segundo o jornal, foram descobertos na Operação Lava Jato, que investiga um suposto esquema de propina e desvio de recursos na Petrobras.
Conforme a reportagem, as empresas que pertencem às esposas dos executivos teriam recebido, cada uma, R$ 1 milhão da Sanko em 2013, conforme indicação de extratos bancários recolhidos durante as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público.
Informações sobre a transação entre a Sanko e um vice-presidente e um diretor da Camargo Corrêa teriam sido repassadas por Bonilho em interrogatório da Justiça Federal em outubro.
A Sanko é alvo de uma ação em que é acusada de repassar propinas dentro do esquema da Petrobras. A empresa e a Camargo Corrêa, segundo o jornal, negam a prática de irregularidades.
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