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Indusval compra Intercap para ganhar escala

Os bancos Indusval e Intercap firmaram acordo para unir suas operações, criando uma instituição que terá carteira de crédito de R$ 3,4 bilhões e patrimônio líquido de R$ 700 milhões.

Pelos termos do acordo, anunciado ontem, o Indusval comprará a totalidade do capital do Intercap por cerca de R$ 117 milhões. Por sua vez, os acionistas do Intercap usarão esses recursos para fazer um aumento de capital de igual valor no Indusval.

O Intercap tem como principais acionistas Roberto de Rezende Barbosa (da família da antiga Nova América, empresa do setor sucroalcooleiro que foi vendida para a Cosan) e Afonso Antônio Hennel, (da família fundadora da Semp Toshiba). Rezende e Hennel passarão a integrar o bloco de controle do Indusval, banco que tem entre seus principais sócios Luiz Masagão, Manoel Felix Cintra Neto, Jair Ribeiro e o fundo de “private equity” Warburg Pincus (o fundo não é controlador).

Os acionistas do Intercap ficarão com 17% do capital total da estrutura combinada. Hennel também será vice-presidente do conselho de administração.

“A associação cria um patrimônio maior e atrai para o banco empresários de peso”, afirmou Jair Ribeiro, copresidente do Indusval, ao Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor. “A base de relacionamento do Intercap, especialmente no agronegócio e no setor de consumo, agrega muito.”

O Intercap oferece crédito e serviços a médias empresas. Suas especialidades são a presença no agronegócio, operações de câmbio e a corretora com foco na BM&F. Em março, a carteira de crédito somava R$ 350 milhões. O índice de Basileia (que mede a capacidade de alavancagem) estava em 15,13%.

O acordo, que ainda precisa da aprovação do Banco Central, dará maior escala ao Indusval, fator considerado importante pelos acionistas para continuar a crescer. O patrimônio líquido da instituição ficará cerca de 40% maior que os R$ 500 milhões apresentados no fim do primeiro trimestre.

Cintra Neto, sócio do Indusval, observou que a instituição poderá elevar o valor absoluto dos empréstimos que oferece. Segundo ele, o acordo não muda a disposição do banco de evitar a concentração do crédito em poucas companhias, porém dá mais folga para fazer operações maiores.

“O mercado de crédito está muito competitivo. O segmento em que atuamos, com menor perfil de risco, tem margens mais baixas”, acrescentou Luiz Masagão, copresidente e acionista do banco. “Com essa estrutura, passamos a ter mais escala e mais produtos.”

Segundo ele, a operação ajuda o Indusval a alcançar o objetivo de oferecer mais serviços às companhias – passo que os acionistas consideram necessário para atender empresas de maior porte e minimizar o impacto da queda dos spreads nas operações de crédito.

O Indusval atua em dois segmentos. Um é formado por empresas que faturam entre R$ 80 milhões e R$ 400 milhões. O outro inclui companhias com receita de até R$ 2 bilhões. É com este foco que a instituição vem montando um banco de investimento.

Um passo nesse sentido foi dado em fevereiro, quando o Indusval anunciou a compra da butique de finanças corporativas Voga, especializada em fusões e aquisições e em colocações privadas de ações.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.