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Banco Bracce aposta em estruturação para PMEs

O Banco Bracce quer se consolidar na formatação de produtos para as empresas de médio porte, que despertem o interesse dos investidores. A perspectiva da instituição é alcançar o volume de R$ 400 milhões em operações estruturadas em 2012.

“Os bancos pertencentes aos grandes conglomerados financeiros não se interessam pela estruturação de operações em torno de R$ 10 milhões, por exemplo. Temos uma estrutura leve e enxuta para a estruturação de produtos personalizados a serem distribuídos no mercado de capitais”, afirma a vice-presidente do Banco Bracce, Patrícia Bentes.

Para realizar uma operação de emissão de dívida de R$ 10 milhões, é necessário que a empresa de médio porte tenha faturamento na faixa entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões ao ano. Mesmo que seja uma empresa de capital fechado, é necessária governança corporativa auditada. Hoje, é insignificante a participação da média empresa na emissão de dívida no mercado de capitais brasileiro, diz Patrícia.

Cédulas de Crédito Bancário (CCBs), Cédulas de Crédito Imobiliário (CCIs), debêntures e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) são alguns dos instrumentos colocados em prática pelo Banco Bracce. Atualmente, o patrimônio do banco está em torno de R$ 50 milhões. Uma injeção de liquidez, ocorrida no terceiro trimestre de 2011, elevou o índice de Basiléia do banco de 20% para 35%, segundo a vice-presidente do Bracce. Em outubro passado, foi concluído o processo de contratação, formação e treinamento da equipe de profissionais do banco.

No mercado de capitais nacional, dentre as emissões de títulos de renda fixa nos 10 primeiros meses de 2011, que contabilizam R$ 72,5 bilhões, permaneceu elevado o percentual de participação das ofertas com esforços restritos, quando os papéis são vendidos a um grupo limitado de grandes investidores institucionais. De janeiro a outubro de 2011, todas as emissões de notas promissórias foram distribuídas por esta modalidade, assim como 92,5% das debêntures, 67,2% dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e 47,4% dos FIDCs, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Em 2011, o banco estruturou duas operações que está em fase de apresentação aos investidores. Uma delas envolve a emissão de R$ 70 milhões em debêntures por uma empresa no setor de óleo e gás. O prazo do investimento vai de 48 a 72 meses, com remuneração ao investidor atrelada ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), acrescida de 4% ao ano. “Há demanda por debêntures devido à rentabilidade atrativa. É uma alternativa para investidores que querem retorno acima da taxa básica de juro”, diz Patrícia.

Na segunda operação estruturada pelo Banco Bracce em 2011, houve a emissão de R$ 15 milhões de Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) para uma empresa do setor de móveis. O prazo do investimento é de 24 a 48 meses. A remuneração prometida é o CDI mais 6% ao ano. Em ambas operações, a classificação de risco é de nível A, segundo avaliação feita pela LF Rating.

De janeiro a outubro de 2011, o instrumento de securitização FIDC captou R$ 9,91 bilhões, abaixo dos CRIs (R$ 10,3 bilhões), das notas promissórias (R$ 12,69 bilhões) e bem distante das debêntures (R$ 39,53 bilhões), segundo dados da Anbima. Em relação aos FIDCs, o Banco Bracce tem projeção de montar um fundo com mais de uma empresa de médio porte. “Os FIDCs exigem custos de montagem, auditoria e administração. O produto não deve apresentar captação inferior a R$ 80 milhões”, diz Patrícia.

Fonte: Adriana Aguilar, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.