BC age para corrigir distorção na captação
Ao penalizar a concessão de empréstimos ao consumo de longo prazo e, ao mesmo tempo, retirar o recolhimento do depósito compulsório das captações via letras financeiras, o Banco Central vai estimular um maior casamento entre os ativos e passivos dos bancos. A letra financeira, espécie de debêntures dos bancos, tem um vencimento mínimo de dois anos.
Enquanto o prazo de empréstimos para a compra de eletrodomésticos e carros foi esticando, a captação dos bancos permaneceu centrada no Certificado de Depósito Bancário (CDB) com liquidez diária, o que gera um descasamento das obrigações. “O governo está exigindo dos bancos uma melhor equalização entre ativos e passivos”, afirma Renato Oliva, diretor-presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC).
Com as novas medidas, além de mirar a inflação, o Banco Central quer incentivar a correção dessa distorção ao longo do tempo, solucionando inclusive a falta de crédito para a infraestrutura. “Parece que a mensagem foi: o que financia o investimento receberá vantagem, já o que custeia o consumo, não. Até porque esse setor já tem uma dinâmica boa”, afirma Marcelo Giufrida, presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
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