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Como a Honda criou um modelo de negócio blindado da crise

Até abril, as vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil caíram 4,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Fenabrave. Já a Honda acelerou na contramão do mercado e suas vendas permaneceram estáveis em relação a 2013 por aqui.

No período, a montadora japonesa vendeu cerca de 40.500 unidades, 0,9% a menos na comparação com o ano anterior. “Mesmo não crescendo, trata-se de uma grande vitória, uma vez que as líderes desse setor têm apresentado quedas expressivas nas vendas, como a Fiat e a Volkswagen”, afirmou Augusto Amorim, consultor da IHS, especializada no setor automotivo.

Para se ter uma ideia, no acumulado dos quatro primeiros meses do ano, as vendas da Fiat ficaram 5,3% menores em relação aos mesmos meses do ano passado. Já a queda da Volkswagen, que tem o Gol como o carro mais vendido do Brasil, foi ainda maior na mesma base de comparação, 15,3%.

Segundo Amorim, o fato de a Honda ter um portfólio composto apenas por veículos mais caros – o automóvel mais barato da montadora custa em média 50.000 reais – está ajudando a companhia neste período de crise do setor, principalmente porque não afeta a maioria dos consumidores que compra os carros da montadora.

Lançamentos

Não é só o perfil de cliente, no entanto, que tem ajudado a montadora neste ano. As novidades que já foram e serão apresentadas pela empresa também devem garantir que a Honda encerre 2014 com vendas estáveis e pronta para crescer a partir do próximo ano no mercado brasileiro.

Depois de lançar o novo Fit em maio, está no cronograma da companhia também dar uma repaginada no visual do Civic, que será apresentada em julho, e preparar a nova geração do City, que deve chegar ao mercado no último trimestre de 2014.

“A Honda tem um plano de negócio razoável para o mercado brasileiro e, se comparado com outras montadoras que atuam por aqui, até mais confortável. O Fit mudou completamente e acredito que o modelo terá uma boa aceitação”, disse Fernando Calmon, especialista do setor automobilístico.

Com a nova geração do Fit, a Honda tem a intenção de tornar o modelo o mais vendido por ela no país. Desde que começou a operar por aqui, 17 anos atrás, esse posto é ocupado pelo Civic, que vende em média 60.000 unidades por ano.

A ideia da montadora é vender cerca de 50.000 Fit da nova geração neste ano. No ano passado, pouco mais de 40.600 unidades do modelo foram comercializadas no mercado brasileiro.

Planos para 2015

Segundo dados da IHS, neste ano, a Honda deve vender aproximadamente 130.000 automóveis no Brasil, montante praticamente igual ao do ano passado. Já para 2015, as vendas da montadora devem crescer mais de 25%, ultrapassado, pela primeira vez, a marca de 165.000 veículos.

Dois motivos devem acelerar essa alta: a chegada de uma SUV compacta, batizada de Vezel no Japão, mas que pode ter outro nome por aqui, no primeiro semestre do ano, e a inauguração da segunda fábrica da Honda, que está sendo construída em Itirapina, interior de São Paulo.

Com a nova planta, a Honda tem planos de praticamente dobrar a capacidade de produção no país, chegando a 240.000 unidades por ano. Se isso realmente acontecer, ela terá chance também de estar entre as cinco maiores montadoras do país no futuro.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.