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Índia ameaça adiar adoção de normas internacionais

IFRS-news3A Índia poderá adiar uma revisão de suas regras contábeis – concebidas para aprofundar seus laços com a economia mundial – após manifestação de oposição de empresas indianas.

Os indianos também estão sob pressão para abandonar planos que se desviam das normas internacionais, em meio a temores de que isso se oporia aos esforços para criar um padrão mundial de relatórios financeiros.

O objetivo das mudanças previstas para as regras era de compatibilizar o sistema de contabilidade indiano com o padrão internacional IFRS, seguido na União Europeia e em outros países, como o Brasil. O governo indiano havia planejado uma transição gradual a partir de abril.

No entanto, a Federação das Câmaras de Comércio e Indústria Indianas, um dos lobbies empresariais mais poderosos no país, pediu recentemente que a data de efetivação seja adiada, argumentando que o momento era “extremamente inviável e injusto”.

Após a pressão, o governo pode concordar com tal adiamento, segundo um alto funcionário do Ministério de Assuntos Empresariais, que supervisiona as mudanças. “Há uma possibilidade muito real de que a implementação do IFRS seja adiada para 2012”, disse.

Embora as regras finalizadas ainda não tenham sido publicadas, elas deverão ser distintas das normas do IFRS em diversas áreas, como na agricultura e nas receitas de incorporadoras imobiliárias. Isso alarmou o Iasb, órgão que define as regras do IFRS.

O Iasb está pedindo que a Índia siga o exemplo do Brasil e da Coreia do Sul, que adotaram o sistema IFRS em sua totalidade. David Tweedie, presidente do Iasb, poderá rejeitar publicamente as normas indianas se as divergências forem efetivadas, segundo uma pessoa familiarizada com a situação.

Ruth Picker, diretor mundial da Ernst & Young para IFRS, disse: “Se uma empresa indiana quiser dizer que as suas demonstrações financeiras estão em conformidade com o IFRS, ela tem de respeitar as regras estabelecidas pelo Iasb”.

Jamil Khatri, diretor de IFRS na subsidiária indiana da KPMG, disse que o objetivo de tornar a contabilidade indiana mais familiar para os estrangeiros não poderá ser alcançado “se o governo implementar apenas 60% a 70% do IFRS”.

O Iasb e o Ministério de Assuntos Empresariais não quiseram comentar. O alto funcionário do Ministério disse que as divergências são pequenas e não representam ameaça séria ao modelo.

O Iasb também está tentando cooptar os Estados Unidos a adotar o IFRS. A decisão deverá acontecer neste ano. Na esteira da crise, o grupo de países do G-20 defendeu o desenvolvimento de um conjunto único de normas.

Fonte: Adam Jones e James Fontanella-Khan, Financial Times, de Londres e Mumbai, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.