Artigos

IFRS, risco operacional e Basiléia.

42-15200848O que será que IFRS (International Financial Reporting Standard), risco operacional e Basiléia têm em comum? A transparência das informações, seja operacional e financeira, das organizações para seus sócios e investidores, ou comumente conhecidos como Stakeholders – partes interessadas que devem estar de acordo com as práticas de governança corporativa executadas pela empresa.

O IFRS, conhecido como padrão contábil internacional, tem como principio básico à apresentação (disclosure, em inglês), pois as notas explicativas apresentam de forma clara e objetiva esclarecimentos sobre os itens do balanço, ativo, passivo e resultados.

O risco operacional deve evidenciar, a cada dia, que os objetivos da organização estão sendo alcançados, de forma segura e fidedigna, com responsabilidade e ética. Os controles internos na gestão de riscos são atualmente muito mais que uma necessidade, pois é inerente às atividades de todas as empresas, afinal qual empresa não possui riscos?

Já a Basiléia foca o mercado financeiro em geral para um fortalecimento, pois ainda encontramos muitas fragilidades na gestão de investimentos, riscos, compliance e governança corporativa e, em certos casos, até na gestão de produtos.

Mas qual a dificuldade? Processos e entendimento dos riscos e das possibilidades do negócio. Afinal, implementar controles internos e compliance, além das dificuldades existentes, tem a questão do desconhecimento da atividade.

Antes de implementar qualquer tipo de controle, devemos identificá-los, juntamente com os procedimentos da organização, geralmente conhecida como mapear os processos, entender o que a empresa e seus departamentos fazem para, depois, partirmos para controles mais seguros e implementar uma gestão de riscos com controles internos e contábeis efetivos e funcionais.

Algumas empresas ainda não entenderam esta necessidade e fazem algumas destas atividades sem a definitiva força, mas somente para atender parcialmente ao órgão regulador. É verdade que existem organizações com uma concepção de seriedade e atendimento da tão falada conformidade e governança, mas por outro lado, muitos ainda estão distantes deste ponto de equilíbrio.

É verdade que, em certos casos, o custo de implementação pode ser grande, mas justamente por faltar o básico. O tempo demonstra que o investimento dá retorno, afinal, esta busca pelos melhores processos de controle pode proporcionar maior eficiência e eficácia operacional.

Devemos buscar uma maior mobilização e, principalmente, valorizar a implementação de controles e cultura organizacional, pois a gestão de riscos é parte de um processo de governança corporativa, contábil e gerencial. Mesmo sem a obrigatoriedade imposta pelos órgãos reguladores, mas pela necessidade de demonstrar a efetividade do negócio e segurança dos investimentos, clientes, fornecedores, funcionários, entre outras partes interessadas. Pense nisso.

Marcos Assi é professor e coordenador do MBA Gestão de Riscos e Compliance da Trevisan Escola de Negócios, e autor do livro “Controles Internos e Cultura Organizacional – como consolidar a confiança na gestão dos negócios” (Saint Paul Editora). Consultor de Riscos Financeiros e Compliance da Daryus Consultoria.

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.