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Regras para cartões podem derrubar receitas em 10%

Cartões de creditoAs novas regras para o setor de cartões de crédito definidas pelo Banco Central e quem entram em vigor em 1 º de junho devem derrubar a receita dos bancos com o negócio em até 10% num primeiro momento, segundo estimativas de executivos das instituições financeiras. Entre outras novidades, o BC reduziu o número de tarifas cobradas de 80 para 5 e criou o cartão básico, que terá um custo mais baixo para o cliente.

Para Marcelo Noronha, diretor-geral da Bradesco Cartões, de início as instituições que dependem muito de programas de pontuação ou milhagem, por exemplo, podem sofrer mais do que outras. Além da adaptação mercadológica, haverá necessidade de investimentos para adaptar os processos, lembra o executivo.

Para Cláudio Yamaguti, presidente da Abecs, associação que representa as empresas do setor, haverá, por outro lado, uma queda nos custos para as instituições, que pode compensar essa redução das receitas, já que o cartão mais simples não tem qualquer serviço extra. “Há uma compensação”, diz.

Ele crê que o cartão básico vai atrair um contingente maior de clientes, o que também aumentará a base e, por consequência, elevará o rendimento dos emissores de cartão. “O faturamento das empresas deve continuar a crescer. Esperamos que dobre em cinco anos, chegando a R$ 1,2 trilhão em 2015”, disse. No setor de cartões, o termo “faturamento” equivale ao valor transacionado com os plásticos.

Essa maior adesão aos plásticos deve se dar nas classes de renda mais baixa, avalia Denilson Molina, diretor do Banco do Brasil. “Haverá uma popularização ainda maior dos cartões e o aumento do volume compensará uma eventual redução das receitas”.

Na previsão de Molina o cartão básico deve responder por 20% do mercado em pouco tempo, em parte pelo valor da anuidade, cerca de 30% menor. Hoje os cartões mais simples detêm quase metade do mercado.

Para Sérgio Odilon dos Anjos, chefe do departamento de normas do Banco Central, a tendência é de queda dos preços das tarifas, pois a redução do número de taxas permitirá ao cliente uma melhor comparação dos valores. As tarifas de conta corrente chegaram a apresentar redução de até 50% desde que foram reguladas pela autoridade monetária.

As cobranças feitas pelos bancos nos cartões foram padronizadas e reduzidas a cinco: anuidade, emissão de segunda via, saque, pagamento de conta e avaliação emergencial de crédito. A expectativa é que as reclamações tanto no BC quanto nas entidades de defesa do consumidor também caiam.

O cartão básico deve obrigatoriamente ser oferecido pelos bancos aos clientes. As instituições podem continuar vendendo cartões com todos os serviços tradicionais e cobrar as tarifas extras para esses benefícios. “O cartão básico deve permitir o uso para compra e financiamento (rotativo). Não estamos impedindo o banco de oferecer outros benefícios, mas, se o cliente quiser, terá o cartão mais barato”, afirmou Odilon.

Fonte: Fernando Travaglini, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.