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Ginástica financeira

112.jpgA estabilização da economia derrubou os juros, expandiu o crédito e vem reduzindo as margens de lucro das empresas. Nesse cenário, a necessidade de administrar bem recursos e custos elevou a demanda por profissionais financeiros. Uma pesquisa da consultoria de recursos humanos Robert Half, obtida com exclusividade pela DINHEIRO, mostra que 63% das empresas brasileiras planejam aumentar suas áreas de contabilidade e finanças no segundo semestre de 2012, ante uma média global de 37%. A cifra supera os 49% do primeiro semestre. Segundo Marcela Esteves, gerente da divisão de finanças e contabilidade da Robert Half, o crescimento da economia, principalmente em setores incentivados pelo governo como consumo, construção, indústria e bens de capital, tem exigido cada vez mais das empresas.

“A expansão dos negócios e o aumento da carga de trabalho têm sido as principais razões para as companhias aumentarem a equipe de finanças”, afirma Marcela. “O desafio é encontrar bons profissionais no mercado e, principalmente, reter talentos.” Segundo o levantamento, que ouviu 2.179 vice-presidentes financeiros em todo o mundo, em 21 países, 90% das empresas brasileiras estão preocupadas com a perda de colaboradores de alto desempenho na área financeira no próximo ano. A média mundial é de 71%. Denise Araújo Francisco, vice-presidente do grupo petroquímico paulista Petrocoque, faz parte do time dos preocupados.

À frente do setor de finanças da empresa de Cubatão há cinco meses, a executiva de 44 anos, 12 deles dedicados à área, enfrenta todos os dias o desafio de encontrar bons profissionais para fazer parte de sua equipe de 20 pessoas. “Buscamos um profissional que tenha conhecimentos específicos, mas que seja capaz de assumir novos desafios”, afirma Denise. Essa busca não tem sido fácil. Segundo ela, é difícil encontrar profissionais que não se concentrem apenas na rotina da área. “O conselho para quem quer crescer na profissão é ampliar os horizontes, deixar de ser um especialista e se tornar um bom generalista”, diz a executiva. “É preciso entender que sua especialidade é parte de um todo.”

Juan Staibano, diretor de planejamento financeiro da Avon para a América Latina, também exercita todos os dias a busca por profissionais. “Mais do que um financista que faz apenas relatórios, o mercado busca hoje pessoas que ajudem a tomar decisões e estejam envolvidas no dia a dia do negócio”, afirma Staibano. “É importante que o profissional entenda as necessidades da área operacional e ofereça soluções junto com a análise financeira.” Graças ao aumento da procura, os profissionais de primeira linha têm sido muito bem remunerados no Brasil. Segundo pesquisa da consultoria de recrutamento Michael Page, o País ocupa o segundo lugar no mundo em remuneração de CFOs, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Ricardo Guedes, diretor da empresa de recrutamento, acredita que entre as razões para a defasagem entre a oferta e a demanda figuram o desejo das empresas já consolidadas de expandir suas atividades e a busca da profissionalização pelas companhias de origem familiar. “Tudo isso exige gente qualificada, com conhecimentos técnicos avançados e uma boa visão de negócios”, afirma Guedes. De acordo com a pesquisa, 41% dos profissionais acumulam remuneração superior a US$ 255 mil anuais. Nos Estados Unidos, esse percentual é de 49%, enquanto na Europa não ultrapassa os 13%, por conta da crise que assola o continente.

O consultor Ricardo Barcelos, sócio da consultoria paulista de recrutamento e desenvolvimento de pessoas Havik, avalia que essa mudança no mundo corporativo tem desafiado os próprios profissionais. “Características como curiosidade e questionamento não são naturais para boa parte dos profissionais de finanças, mas as novas exigências das empresas obrigam as pessoas com características mais técnicas a buscar um desenvolvimento”, afirma Barcelos. Segundo ele, as próprias empresas já proporcionam condições para o desenvolvimento pessoal e de gestão, no intuito de treinar e reter profissionais. “É um novo cenário, tanto para as empresas como para as pessoas”, diz Barcelos. “E é importante estar preparado, pois a expectativa é de que, pelo menos até 2016, a briga por talentos deve aumentar ainda mais.”

Fonte: Por Patrícia ALVES, Istoé Dinheiro

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.