Gaeco faz operação contra fraudes bancárias e prende oito em Limeira
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu, na manhã desta terça-feira (27), oito pessoas em Limeira(SP) durante uma operação contra um esquema de fraudes bancárias na região. Segundo o Ministério Público (MP), também foram detidos suspeitos em Araraquara (SP) e Jundiaí (SP). Todos foram levados para a sede da Promotoria, onde serão ouvidos até o final desta tarde.
Ainda de acordo com a Promotoria, foram apreendidos documentos e computadores na residências dos suspeitos. Todos os mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Entre os detidos, estão pelo menos três mulheres. O Ministério Público não explicou detalhes da operação e apenas informou que se tratava de um esquema de fraudes em empréstimos bancários.
A operação teve início às 6h e, a partir das 9h, viaturas da Polícia Militar começaram a chegar ao prédio do Ministério Público com os detidos. Mais tarde, outros quatro presos chegaram ao local para serem interrogados.
As fraudes bancárias praticadas pela organização criminosa desmantelada nesta terça-feira (27), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deram um prejuízo superior a R$ 1,2 milhão às instituições financeiras de Limeira (SP). Durante a operação do Ministério Público, oito pessoas foram presas na cidade, uma em Araraquara (SP) e uma em Jundiaí (SP). Segundo o Gaeco, além de estelionato, a quadrilha falsificava documentos e fazia lavagem de dinheiro.
Os promotores de Justiça apuraram que a organização criminosa usava empresas que não tinham fôlego financeiro para fazer empréstimos bancários, conseguiam realizar essas operações financeiras com apoio de um fraudador, responsável por adquirir documentos, e nunca quitavam os empréstimos, uma vez que os sócios das empresas não tinham patrimônio para saldá-los e nunca eram localizados pela Justiça quando da cobrança dos débitos.
Por meio da quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico dos integrantes da organização criminosa, autorizada pela Justiça, e por meio de oitiva de testemunhas, o Gaeco conseguiu comprovar a ação da organização formada para lesar o sistema bancário.
A força-tarefa contou com um efetivo de 13 promotores de Justiça, cerca de 100 policiais militares e agentes dos Gaecos de Piracicaba e Campinas (SP). Os réus já foram denunciados pela prática de organização criminosa, estelionato, lavagem e ocultação de bens e também uso de documento falso, cujas penas variam de um a dez anos de reclusão.
Fonte: Globo, G1