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Diretores financeiros especialistas ajudam muito, mas ficam pouco

Quando empresas privadas querem abrir o capital ou se colocar à venda, elas às vezes contratam um diretor financeiro que já tenha passado por esse processo antes — e que pode querer sair da empresa depois que o negócio estiver finalizado.

A prática já não é tão comum como costumava ser, em parte porque o mercado para ofertas públicas iniciais de ações perdeu muito do seu vigor. Mas a empresa de rádio pela internet Pandora Media Inc., a fabricante de fones de ouvido Skullcandy Inc. e a empresa de segurança de redes Fortinet Inc. todas contrataram, nos últimos anos, diretores financeiros especialistas para prepará-las para abrir o capital. Isso envolve criar controles contábeis, escolher subscritores e trabalhar com advogados externos e consultores.

Enquanto ter acesso a habilidades especializadas tem uma vantagem óbvia, ela não custa pouco. Não é incomum que esses diretores financeiros especialistas sejam os funcionários mais bem pagos das empresas. Também há o risco de que uma contratação de curto prazo não se adapte à cultura da empresa. Além disso, investidores que não sabiam que o executivo ficaria por pouco tempo podem se alarmar com a sua saída.

Na semana passada, as ações da Skullcandy caíram mais de 8% um dia depois que ela divulgou que seu diretor financeiro, Mitch Edwards, deixaria a empresa em 1º de abril, menos de dois anos depois de ter sido contratado. Edwards disse, numa posterior entrevista ao The Wall Street Journal, que começou a discutir sua eventual saída com o diretor-presidente da empresa pouco tempo depois da abertura de capital da Skullcandy, em julho. Mesmo assim, a notícia pegou investidores desprevenidos.

Como tendência, a contratação de diretores financeiros especialistas está em “queda vertiginosa”, diz Jenna Fisher, diretora-gerente da firma de recrutamento de executivos Russell Reynolds Associates, de San Francisco, e especialista em diretores financeiros. Além do potencial de choque cultural, diz ela, diretores-presidentes e conselhos de administração estão, cada vez mais, escolhendo diretores financeiros que se enquadrem nos planos de longo prazo da empresa e que podem, potencialmente, assumir o posto de diretor-presidente ou diretor de operações.

Por causa da remuneração diferenciada e da alta visibilidade do trabalho desses diretores financeiros especializados, “também há a percepção de que alguns deles têm o ego muito inflado”, diz Fisher, e isso pode dissuadir a empresa de contratá-los.

Don Delves, fundador e presidente da consultoria de remuneração de executivos Delves Group, de Chicago, diz que especialistas custam mais caro, mas “o valor de ter um diretor financeiro que já passou pelo processo antes, ainda mais várias vezes, é inestimável”. Eles podem reduzir a necessidade de aconselhamento legal e financeiro externo, mas têm um interesse direto maior no êxito da empresa do que um consultor terceirizado, diz ele.

Fonte: Maxwell Murphy, WSJ, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.