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Cultura organizacional de controle e gestão

Apesar do aprofundamento dos debates sobre governança, transparência, e da crescente pressão para a adoção das boas práticas de governança corporativa, o Brasil ainda se caracteriza pela alta concentração do controle acionário, pela baixa efetividade dos conselhos de administração e pela alta sobreposição entre propriedade e gestão.

O que demonstra vasto campo para o conhecimento, ações e divulgação dos preceitos da governança corporativa, controles internos e de gestão e a aplicação de melhorias na apresentação de nossos resultados de investimentos em TI com informações claras, concisas e de preferência esclarecedoras para o público interno interessado.

Entretanto, evidenciamos que a velocidade da informação e das tecnologias existentes, nos deixa a cada dia mais dependente da tecnologia da informação e não nos esqueçamos de contar com a eficiência, confidencialidade e integridade da informação tempestiva ou não.

Para que uma empresa de pequeno, médio ou grande porte obtenha o desempenho desejado ou mais que isso, acima das expectativas com excelência em qualidade, ela deve procurar um método de trabalho, ou seja, é de suma importância que seja seguida uma metodologia de gestão que possa agregar criação, desenvolvimento, monitoramento e finalização dos projetos e/ou tarefas na busca por resultados mais efetivos e não somente visualizarmos projetos de TI como custo, mas como um investimento a curto e longo prazo.

As empresas necessitam de um organograma efetivo, treinamento para adequação de novos funcionários e também para os antigos em seus cargos, facilitando assim para que tempo antes era desperdiçado em gastos com a transmissão de informações e desenvolvimento de projetos (que simplesmente deixam de existir antes da conclusão), podemos inserir políticas e processos que proporcionem aos envolvidos na Governança de TI um maior conhecimento sobre o quê, como, quando e onde devem fazer tal investimento.

Não podemos esquecer que após anos de crescimento excepcional graças às políticas monetárias expansionistas, pelo crescimento financeiro e pela utilização excessiva de crédito, muitas empresas estarão na busca por reestruturação organizacional e pela busca de investimentos que possam dar maiores retornos. A governança de TI poderá oferecer uma ferramenta de desenvolvimento atrelada a controles mais eficazes e custos mais evidenciados e mapeados.

Mais uma vez demonstramos que a metodologia de implementação da governança de TI, assim como a governança corporativa não apresenta um modelo único, mas pelo contrário podemos identificar inúmeros modelos de melhores práticas para serem estudados e adaptados à necessidade de cada organização e sempre que todas as áreas da organização estiverem envolvidas no desenvolvimento de qualquer projeto de TI, a possibilidade de sucesso aumenta razoavelmente, devemos pensar muito na cultura organizacional de controle e gestão.

Marcos Assi é professor e coordenador do MBA Gestão de Riscos e Compliance da Trevisan Escola de Negócios, e autor do livro “Controles Internos e Cultura Organizacional – como consolidar a confiança na gestão dos negócios” (Saint Paul Editora). Consultor de Riscos Financeiros e Compliance da Daryus Consultoria.

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.