Cruzeiro do Sul: Solução ou um problema maior?
Em 23 de dezembro de 2011, o Banco Cruzeiro do Sul anunciou que compraria o controle do Banco Prosper. Àquela altura, corria solta no mercado a informação de que tanto um quanto outro enfrentavam problemas de “funding”. Mas suspeitas de fraude não eram descartadas. O Banco Central ainda não aprovou a aquisição, que segue em análise mesmo depois da decretação do Raet na instituição de Luis Felippe e Luis Octavio Indio da Costa. No entanto, a compra de um banco pelo outro ocorreu com participação do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O BC costuma dizer que não se envolve nessas negociações privadas.
No novo modelo de saneamento do sistema bancário do país, o BC identifica os problemas nas instituições e recomenda que o controlador procure o FGC para encontrar uma “solução de mercado”. Tem sido assim desde o caso do PanAmericano. Mas o FGC não faz nada sem o conhecimento do BC. E a quebra de um banco não interessa ao BC nem ao FGC, que é controlado pelos maiores bancos do país. Sabia-se há meses que o FGC procurava um comprador para o Prosper. A surpresa foi que o Cruzeiro, que já vinha dando sinais de fraqueza, tenha sido o escolhido para a missão.
Banqueiros de todos os portes questionavam ontem se esse modelo de saneamento é uma solução ou apenas cria mais problemas.
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