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Crédito fiscal do Cruzeiro do Sul era atrativo para o banco BTG Pactual

Um dos maiores atrativos do Banco Cruzeiro do Sul para o BTG Pactual, talvez o principal, eram os créditos fiscais que herdaria ao assumir a problemática instituição, que sofreu intervenção do Banco Central na última segunda-feira. A intenção do banqueiro André Esteves era utilizar-se desses créditos tributários para reduzir o imposto a pagar sobre o lucro de seu banco futuramente.

Há estimativas de que o Cruzeiro teria R$ 500 milhões em créditos tributários acumulados em função da constituição de provisão para empréstimos de liquidação duvidosa. Mas esse valor só poderia ser usado ao longo de alguns anos.

Enquanto, nos últimos dias de maio, o BTG negociava a possibilidade de assumir o Cruzeiro com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e já havia até mesmo feito sua primeira oferta, a possibilidade de uso desses créditos foi colocada em dúvida.

Tributaristas consultados pela instituição apontaram risco de que os créditos não fossem reconhecidos. O problema seria que parte deles havia sido constituída sobre as operações de empréstimo fictícias, conforme descobriu a fiscalização feita pelo Banco Central (BC).

No PanAmericano, os volumosos créditos tributários foram decisivos para o BTG Pactual assumir o negócio ao lado da Caixa Econômica Federal. Mas lá os créditos tinha origem em muitas outras operações além daquelas carteiras de crédito fraudadas – no PanAmericano, a fraude consistia em carteiras duplicadas, ou seja, que estavam na contabilidade do banco e também de outras instituições que haviam comprado os respectivos ativos.

Ao saber do risco, André Esteves resolveu reformular a oferta apresentada ao FGC no fim da semana passada, segundo conta uma pessoa a par da operação. Na nova proposta, a equipe do banqueiro desconsiderou o valor dos créditos tributários e incluiu uma série de proteções.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.