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Cotista decidirá futuro de FIDC da Porto Forte

FIDCDepois de ser alvo de pedidos de resgates da ordem de R$ 11 milhões, o FIDC Porto Forte Multissetorial terá seu destino redefinido. Os cotistas vão discutir o futuro da carteira, inclusive a possibilidade de liquidação, em assembleia convocada para os dias 14 e 15 de março, segundo fato relevante divulgado pela Socopa, a instituição que administra o fundo de recebíveis. O resgate de cotas está suspenso desde terça-feira, quando o Valor publicou que a Porto Forte Participações concedeu crédito para a Santa Marina Agropecuária, do pai do controlador da empresa, Guilherme Affonso Ferreira de Camargo. A operação, em valores atualizados entre R$ 6 milhões e R$ 9 milhões, está inadimplente.

A Socopa esclareceu que o fundo não é titular de créditos da Santa Marina. Mas devido aos inúmeros pedidos de resgate vai discutir com os cotistas a eventual liquidação do fundo.

Citando a Socopa, a Standard & Poor’s informou que, até 28 de fevereiro, já haviam sido solicitados saques de R$ 11 milhões, o equivalente a cerca de 30% das cotas seniores em circulação na mesma data, de R$ 37,2 milhões. O fundo tem um patrimônio de cerca de R$ 50 milhões.

A agência de classificação de risco de crédito colocou a nota das cotas seniores do FIDC em observação negativa. A S&P teme que os problemas na administração da Porto Forte comprometam o desempenho dos ativos que servem de lastro para a carteira. A empresa de factoring é consultora e responsável pela seleção dos direitos creditórios. A agência não descarta a hipótese de “deterioração na capacidade da Porto Forte como ‘servicer’ da carteira” e “desenquadramento dos limites de concentração definidos em regulamento, em virtude de resgates de cotas e da consequente redução do patrimônio líquido do FIDC.”

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A Porto Forte captava recursos no mercado com a venda de ações preferenciais e ordinárias, com a promessa de um dividendo fixo obrigatório que proporcionava retorno de 160% do CDI. Angariou, assim, um grupo de mais de 450 investidores para o seu negócio. A partir de 2008 o dinheiro passou a ser direcionado às cotas subordinadas do FIDC, aquelas que proporcionam um colchão de liquidez e absorvem a inadimplência.

Desde 1988, a atividade das factorings deixou de ser tutelada pelas regras do mercado financeiro, mas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) investiga o caso.

Fonte: Adriana Cotias e Alessandra Bellotto, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.