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Compulsório: HSBC, Citi e Votorantim têm “alívio” de R$ 1 bi

Um restrito grupo de três bancos foi beneficiado pela decisão do Banco Central de reduzir o tamanho do recolhimento compulsório sobre os depósitos prazo – como CDBs, por exemplo – captados pelas instituições: Votorantim, HSBC e Citibank.

No dia 10 de fevereiro, a autoridade anunciou um desconto de R$ 1 bilhão nos recursos que recolhe sobre os depósitos a prazo para bancos com capital de “nível 1” – o de melhor qualidade – entre R$ 5 bilhões e R$ 15 bilhões. Antes, essa dedução só valia para instituições com capital entre R$ 5 bilhões e R$ 7 bilhões. Na faixa anterior, apenas BTG Pactual e Safra estavam contemplados.

O BC trabalha com faixas para desconto do compulsório e quanto menor o patrimônio, maior o desconto. Os menores bancos chegam a ficar isentos.

Na prática, Votorantim, HSBC e Citibank passam a ter R$ 1 bilhão a mais em recursos para emprestar a clientes.

O dinheiro que o Banco Central recolhe em cima das captações que os bancos fazem com clientes funciona como uma espécie de regulador da quantidade de crédito disponível no mercado. São recursos que ficam depositados no Banco Central e que não podem ser transformados em empréstimos.

Com a mudança de regra, Votorantim, HSBC e Citibank só precisarão entregar ao Banco Central aquilo que superar R$ 1 bilhão da chamada “exigibilidade” – a parcela de 20% dos recursos a prazo que vira compulsório.

Com base nos números de setembro entregues ao Banco Central, com as regras antigas, o Citibank tinha R$ 11,8 bilhões em depósitos a prazo, sendo que deveria entregar à autoridade cerca de R$ 2,3 bilhões. Agora, deposita R$ 1 bilhão a menos, ou seja, pouco mais da metade do valor anterior. O HSBC tinha R$ 61,2 bilhões em depósitos a prazo; e o Votorantim, R$ 22,3 bilhões.

Segundo o Valor apurou, a interpretação do Banco Central foi que esse trio estava recolhendo o depósito compulsório da mesma forma que os maiores bancos do país, o que considerou uma distorção, já que existe uma distância gigantesca entre o capital deles.

Hoje, a instituição com maior capital de “nível 1” é o Itaú Unibanco, com R$ 67,9 bilhões. Depois dele, estão Banco do Brasil (R$ 58,8 bilhões), Bradesco (R$ 56,5 bilhões), Santander (R$ 64,9 bilhões) e Caixa (R$ 19,8 bilhões). Logo em seguida, no ranking de maior capital, vêm Votorantim, HSBC e Citibank – este, com o menor deles, de R$ 7,3 bilhões. (ver gráfico ao lado)

A decisão de dar um desconto a esse trio de bancos foi anunciada pelo BC em uma circular deste mês que alterou os incentivos dados à liquidez dos bancos de pequeno e médio portes. Em dezembro, a autoridade determinou que parte do depósito compulsório recolhido das grandes instituições ficaria sem remuneração. Para ver o dinheiro render, terão de comprar papéis emitidos por instituições menores, com capital de “nível 1” de até R$ 2,2 bilhões.

Fonte: Carolina Mandl, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.