C&M Software lança módulo de prevenção a lavagem de dinheiro

Dia 3 de setembro, a C&M Software fez o lançamento oficial do RocketPLD, em São Paulo, módulo que incorpora a prevenção a lavagem de dinheiro à sua plataforma de gestão de processos de crédito, cobrança, vendas e fraude.

A novidade vem ao encontro da lei 12.683/12 que trata sobre o tema, alterando dispositivos da Lei de Lavagem de Dinheiro, lei 9.613/98. Uma das mudanças principais é a não restrição quanto ao rol de crimes precedentes e necessários à discussão sobre a lavagem de capital.

“Com a nova lei, não há rol de crimes antecedentes. A nova legislação sobre o tema ampliou completamente o âmbito de reconhecimento da lavagem, que poderá ocorrer diante de qualquer infração penal”, afirmou Marcos Assi, consultor de Riscos Financeiros e Compliance da Daryus Consultoria, durante a apresentação.

O que, segundo ele, torna-se necessário que haja controles internos e externos mais rigorosos entre os players do mercado financeiro, de seguros e aos membros do CVM (Comissão de Valores Mobiliários). “É preciso ter sistemas adequados para isso, o que inclui coleta e registro de informações de clientes, política de conhecimento dos funcionários (acompanhamento da situação financeira) e de clientes cujo contato seja por meio eletrônico, por correspondente ou por outros meios indiretos”, citou.

De acordo com ele, alguns esquemas de lavagem de dinheiro podem estar presentes na venda de passes de jogadores, criação de empresas legais gerando lucros sem terem algum tipo de operação e na supervalorização de obras de arte sem identificação de origem. “Muita coisa já mudou com as regulamentações. Muitas coisas, antes, passavam despercebidas. Tem aumentado muito a comunicação por segmento”, analisou.

Soluções

Orli Machado, presidente da C&M Software, destacou que não cabe a eles tomarem partido sobre as regras publicadas nas circulares que atingiram os membros da CVM, Susep e Bacen. “O que tratamos de fazer foi implementar soluções e tornar a vida dos nossos clientes um pouco mais simples perante às regras. As instituições terão bastante trabalho para se adequarem. É uma mudança violenta de processos, back office e pessoal.”

Especificamente no que tange às seguradoras, Machado citou que as regras incluem nove implementações. “É uma atualização relativamente simples de ser feita quando comparada às implementações exigidas aos membros do CVM e do Bacen, que tem 140 pontos de validação”.

Além disso, destacou Machado, a Susep solicitou que faça investigações dos clientes em base pública de informações, buscar dados de maneira eletrônica para compor o cadastro de clientes. “Seguradoras e corretoras deveriam bater na porta do SCR (Serviço de Informação de Crédito) para obter informações. O  cadastro da ficha do cliente é só o começo. Não se consegue obter informações sobre atipicidade ou perfil econômico do cliente se não for buscar dados”, afirmou.

Para todas as adaptações, o RocketPLD tem como grande vantagem o conjunto de transações que consolida todos os sistemas. “O Rocket é um produto 100% integrado. É um sistema consolidador”, validou Machado.

Por meio da tecnologia de redes neurais e inteligência artificial o Rocket  oferece agilidade no processo de análise e decisão à venda e à concessão do crédito, além de ser composto por seis produtos para análise de risco, apresentando a probabilidade de uma possível ocorrência de fraude pelo cliente ou por terceiros.

Fonte: Por Karin Fuchs, Revista Cobertura de Mercado