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Citi, HSBC, Deutsche e JP Morgan são ‘grandes demais para quebrar’

O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) revelou pela primeira vez o montante de capital extra que espera que os maiores bancos do mundo mantenham diante do potencial risco que eles impõem ao sistema financeiro global em consequência do tamanho e escala que têm. O relatório do FSB apontou Citigroup, HSBC Holdings, Deutsche Bank e JP Morgan Chase como os quatro bancos mais centrais para o sistema, com base em dados de 2011 fornecidos pelas empresas.

A nova norma regulatória dos bancos, conhecida como Basileia 3, exige que, até 2019, as instituições financeiras tenham capital equivalente a pelo menos 7% de seus ativos ponderados pelo risco para operarem livremente. Mas os quatro bancos “grandes demais para quebrar” devem estar sujeitos a uma sobretaxa de capital de 2,5 pontos porcentuais acima do mínimo estatutário delineado por Basileia 3. Outros 24 bancos da lista do FSB devem estar sujeitos a sobretaxas menores, entre 1 e 2 pontos porcentuais.

O objetivo dessa regulação mais rigorosa é evitar que crises como a 2008 voltem a ocorrer. Naquele ano, o banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers quebrou e mergulhou o mundo num ciclo lento de crescimento que dura até hoje.

Dos 28 bancos da lista, oito são dos Estados Unidos. São eles: Bank of America, Bank of New York Mellon, Goldman Sachs, Morgan Stanley, State Street, Wells Fargo, além dos já citados Citi e JP Morgan.

A estimativa do FSB, que coordena a resposta dos órgãos reguladores globais à crise financeira atual em nome do G-20, não é final ainda. A lista definitiva de “instituições financeiras importantes para o sistema global”, conhecidas pela sigla G-SIFIs, só será divulgada em 2014, e as proporções de capital serão implementadas gradualmente entre 2016 e o começo de 2019, em paralelo com as regras de Basileia 3.

Os órgãos reguladores atribuem importância particular à lista de “instituições financeiras importantes para o sistema”, ou SIFIs, também chamadas de “grandes demais para falir” (too big to fail). As exigências de capital extra são destinadas a reduzir o risco de um desses bancos falir e provocar uma fratura mundial em massa no sistema, assim como aconteceu com o Lehman Brothers em 2008.

Ao atualizar a lista, o FSB fez um total de cinco mudanças na lista original que havia elaborado no ano passado. Foram acrescentados o espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) e o britânico Standard Chartered e retirados o alemão Commerzbank, o britânico Lloyds Banking Group e o franco-belga Dexia. Este último entrou em colapso no fim de 2011, exigindo o tipo de resgate multibilionário promovido pelo dinheiro dos contribuintes que as novas sobretaxas pretendem evitar.

A lista atualizada faz parte de três relatórios que o FSB preparou para apresentar na reunião dos ministros de Finanças e representantes de bancos centrais do G-20 que será realizada na Cidade do México domingo e segunda-feira. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Danielle Chaves, da Agência Estado

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.